quinta-feira, 2 de julho de 2009
POBREZA SOB O MANTO DA OPULÊNCIA
Pesquisa elaborada pela Codeplan, aponta para um quadro até então imaginado, mas não conhecido com precisão científica como agora. Brasília sempre foi alardeada como uma ilha de opulência com a maior renda per capita e ostentando a 8ª posição em riquezas do país. Só que o censo mostra uma gritante diferença sócio-econômica entre as 30 regiões administrativas do Distrito Federal. O detalhe importante para ressaltar é que nas regiões pesquisadas, mais de 1/3 das pessoas são absorvidas como trabalhadores. Um terço da população (37,25%) tem renda abaixo de dois salários mínimos. A Estrutural (40,5%) e Sobradinho II ( 32,2%), seguidos por Brazlândia e Samambaia ocupam praticamente os mesmos patamares (26,5%) para os domicílios com renda entre um a dois salários mínimos. Quanto à renda domiciliar per capita, a mais alta participação relativa foi registrada naqueles que ganham até meio salário mínimo, com destaque negativo para a localidade de Sobradinho II (81%). Em seguida, aparecem a Estrutural (75,5%), Samambaia (50%) e Brazlândia (30,5%). Com relação a bens domésticos nas residências de baixa renda, o fogão está presente em 91% dos domicílios, 90% tem geladeira e 85% tem ferro elétrico. Quase 80% dos domicílios possuem aparelho de televisão. Os celulares pré-pagos são bastante utilizados na maioria das residências, com destaque para a Estrutural (46%). Celulares pós-pagos têm pouca representatividade, aparecendo mais nas casas do Riacho Fundo (5,7%). Em Brazlândia, Sobradinho II e Samambaia, mais de 80% dos domicílios são considerados permanentes e a maioria deles é considerada como “casa”. Na Estrutural há o maior percentual de barracos, com 20,3%, seguida por Sobradinho II, 18,1%. Um terço da população de baixa renda é formada por estudantes, sendo predominantemente o ensino fundamental incompleto. Em Brazlândia concentra-se o maior índice de analfabetos (5%). As médias do DF são de 3,5% e do Brasil é de 10%. “Como o governo já vinha priorizando investimento em infraestrutura nestas áreas carentes, como saneamento básico, calçadas, praças e postos policiais, com esta pesquisa em mãos, a aplicação dos recursos públicos vão chegar mais rápidos”, acredita Rosso. Em Brazlândia concentra-se o maior índice de analfabetos (5%). As médias do DF são de 3,5% e do Brasil é de 10%. Os futuros candidatos ao GDF terão muito trabalho pela frente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário