domingo, 28 de novembro de 2010

OS TRAPALHÕES

Além de se arriscar com eventual desgaste pelo corte de gastos públicos e por arriscar a própria pele na Secretaria de Saúde, o governador eleito Agnelo Queiroz ainda pode topar com um problema que, a princípio, poderia ser evitado. Nos bastidores, comenta-se que o PT foi rápido demais no gatilho ao “escolher” o Cabo Patrício como próximo presidente da Câmara — a eleição para valer é em janeiro. Para os analistas políticos de Brasília, faltou habilidade. Como reclamou uma fonte ligada ao PMDB, na semana passada, foi uma operação unilateral, sem qualquer negociação com os partidos aliados. Mesmo sendo a maior bancada na casa, faltou combinar com as outras legendas.
 
Com a manobra unilateral para ungir o petista Cabo Patrício, o partido do vice-governador eleito, Tadeu Filippelli (PMDB), entendeu que precisa se articular o mais rápido possível com outras siglas de apoio a Agnelo. O objetivo é fazer frente a um provável rolo compressor que o PT pode colocar para funcionar no próximo governo. Avaliam que certas coisas não podem ser decididas “no automático”. Aliás, uma operação semelhante que vem sendo articulada no âmbito do governo federal e do Congresso. O PMDB pode querer blocar com outras siglas para engrossar a voz com Agnelo.
 
A impressão geral nos bastidores é a de que Agnelo vai ganhar muito se adquirir o hábito de sempre consultar Filippelli sobre as questões mais, digamos, comezinhas da articulação política. Ainda mais se for para segurar alguns espíritos mais afoitos dentro do PT. O peemedebista é uma das raposas políticas mais experientes do DF. Sabe conversar e (melhor atributo de um negociador) sabe exatamente o que o interlocutor quer e o que o governo pode oferecer para aplacar esses desejos. Já fez isso em outros tempos.
 
Mesmo com essa saia justa inicial, é provável que a escolha petista seja confirmada. Além de Patrício na presidência, os outros espaços da Mesa Diretora já estão mais ou menos mapeados. A vice-presidência da Casa deve ficar com o bloco articulado pelo PMDB com o PTB e o PP. O nome mais forte por enquanto é o de Cristiano Araújo (PTB). Outro bloco, formado por PPS, PSB, PDT e PRB (todos aliados de Agnelo) cobiça a Segunda Secretaria, órgão que cuida da gestão financeira da Câmara. O deputado Alírio Neto (PPS) pode ser o indicado desse grupo. 
 
Agaciel Maia (PTC), protagonista do escândalo dos atos secretos do Senado, pode pintar com um cargo na Mesa Diretora. Seu nome é citado como representante do outro bloco que se formou nesse período pós-eleitoral, reunindo siglas com menos distritais - além do PTC, PR e PSC. O bloco da oposição, com PSDB, PRTB, PSC e PMN, também terá uma vaga na Mesa. Se continuar no grupo, a deputada Celina Leão pode ser a indicada.
 
Com essas e outras trapalhadas, a quem já começe a sentir saudades do deputado Paulo Tadeu.
 

VIDA FÁCIL NA CÂMARA

O governador eleito Agnelo Queiroz (PT) contará com uma maioria folgada na Câmara Legislativa, com votos de pelo menos 15 dos 24 deputados distritais. Essa situação pode ficar ainda melhor, nos primeiros meses do governo, dependendo das decisões do petista e de desdobramentos na articulação com partidos que, por enquanto, devem se manter na oposição. No serpentário político consideram que o novo governador também deve surfar em uma conhecida tradição adesista da Câmara. Muitos dos distritais eleitos e reeleitos possuem interesses diretos com a administração e, neste jogo, não convém a nenhuma das partes qualquer tipo de enfrentamento mais contundente.
 
O bloco de oposição deve mesmo ficar centrado no grupo ligado ao ex-governador Joaquim Roriz. Além de sua filha Liliane, eleita pelo PRTB, o grupo conta com outros três parlamentares - Washington Mesquita (PSDB), Wellington Silva (PSC) e Celina Leão (PMN). No entanto, Celina, que foi secretária da Juventude de Roriz e destaque no palanque do seu tutor político, pode aderir ao governo a qualquer momento. Benedito Domingos (PP), outro antigo aliado de Roriz, deve ficar no bloco dos que dariam um boi e uma boiada para não confrontar o governo.
 
O PR também deve embarcar na administração do petista. Pela proximidade com o governo Lula (eles ocupam o Ministério dos Transportes), os republicanos foram cortejados por Agnelo antes das convenções partidárias. Mas a sigla acabou no colo de Roriz. O deputado federal Jofran Frejat foi o candidato a vice do ex-governador. O apoio ao ex-governador nas eleições passou por uma pesada negociação com a cúpula nacional, com a participação do ex-presidente da legenda, Valdemar Costa Neto. Agora, neste período de transição, o PR foi um dos primeiros a bater o pé para manter seu espaço na gestão de Dilma Rousseff. A aposta é que fará a mesma coisa em Brasília. O PR elegeu apenas um distrital, Aylton Gomes, que é um dos envolvidos no escândalo da Caixa de Pandora.
 
A tendência, portanto, é de que Agnelo comece o governo com bom apoio do Legislativo, podendo se dedicar com mais tranquilidade aos (grandes) pepinos administrativos que tem pela frente. Com o tempo, no entanto, é possível que o novo governador tenha de negociar. O GDF é uma máquina inchada, com cerca de 20 mil cargos comissionados. Para viabilizar sua administração, o petista terá de operar nesse terreno politicamente delicado - uma das reações mais comuns de quem está nesses cargos é procurar um deputado distrital para firmar novas parcerias políticas.
 

MUSA INDECISA

Eleita pela revista “Playboy” como uma das parlamentares mais bonitas do Brasil, a deputada distrital Celina Leão (PMN) pode ser uma das primeiras defecções no grupo rorizista. Dona de uma imagem considerada qualitativa, a ex-secretária da Juventude de Roriz tem sido atraída para a órbita do governador eleito Agnelo Queiroz. Mas se decidir permanecer na oposição, ela pode garantir um cargo na Mesa Diretora da Câmara Legislativa.
 

sábado, 27 de novembro de 2010

ÚLTIMA ESPERANÇA

A partir de janeiro, o petista Agnelo Queiroz assume como governador. Haverá uma renovação quase completa nos cargos do GDF. Ao longo do tempo, sabemos, o novo governo vai adquirir vícios próprios, mas nunca mais teremos nada parecido com o que aconteceu no governo Arruda, de total falta de dignidade. Aos poucos, Brasília vai se cicatrizando, mas há muitas feridas abertas.

Não podemos nunca perdoar os pandoristas por terem melado o grande momento que seria a festa dos 50 anos de Brasília. Espero que um dia paguem muito por esse mal que fizeram a todos nós.

RESULTADOS REAIS

Temos muito a comemorar neste aniversário da Pandora, pelos resultados políticos. É simplesmente inédito que um governador (Arruda), um vice (Paulo Octávio) e um presidente da Câmara Legislativa do DF (Leonardo Prudente) tenham sido afastados dos cargos que ocupavam legitimamente. Aliás, os três trabalhavam muito bem nos seus cargos, cheios de resultados, ostentando os melhores índices de aceitação do País.

Em compensação, há um fato altamente revoltante, que dá vontade de reação violenta, radical, extremista, criminosa, até. Trata-se da permanência de Domingos Lamoglia, escudeiro de Arruda, como conselheiro do Tribunal de Contas do DF. Quando aconteceu a Pandora, ele tinha apenas semanas de nomeação e, embora flagrado nas práticas que derrubaram o governo, permanece ganhando uma fortuna todo mês. Se for afastado, no máximo será aposentado, com dinheiro a toda essa grana até a morte. O Brasil é um país sem lei.

Será que um dia o Ministério Público e a Justiça vão conseguir punir mais de 40 indivíduos inescrupulosos que roubaram 2,6 milhões de brasilienses? Será que o Brasil um dia terá a sua população fazendo justiça com as próprias mãos?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

MARATONA POR NOMEAÇÕES

Partidos da base aliada buscam espaços no governo do Distrito Federal, apesar do governador estar cozinhando o galo, como se diz na gíria popular, a briga nos bastidores já começa a esquentar, pasta como Saúde, educação e esporte tem sido alvo dos líderes partidários. Alguns partidos já dão sinais de impaciência e explicitamente já sugerem ao governador possíveis pastas a serem ocupadas futuramente. Mais Agnelo, tem afirmado a interlocutores que a fatia será dividida proporcionalmente, pelo tamanho do partido e sua representação na câmara legislativa, ou seja quanto maior o número de representantes, maior será  a fatia do bolo, embora todos os partidos teram o seu espaço no governo, resumindo, só nas áreas da economia, planejamento e saúde terão indicação em sintonia com o governo federal, o resto será decidido pelo peso político, obtido nas eleições deste ano, portanto quem não elegeu ninguém é melhor correr.

DEPUTADOS SE ARTICULAM EM BUSCA DE CARGOS

Os deputados distritais encaixam as peças de um quebra-cabeça para formar blocos na Câmara Legislativa. Alguns parlamentares disfarçam, dizendo que ainda é cedo para se pensar no assunto, mas se mostram ávidos para a conclusão dos grupos. Além do PT, outras quatro alas já começam a se formatar, mas, segundo os próprios distritais, tudo pode mudar.

O único bloco consolidado é puro-sangue do PT, com Chico Vigilante, Arlete Sampaio, Wasny de Roure, Chico Leite e Cabo Patrício. Com a indicação de Patrício para a presidência da Casa, os demais distritais se articulam em grupos de olho nos cargos na Mesa Diretora.

Um bloco já está praticamente formado, com a participação de Cláudio Abrantes e Alírio Neto, ambos do PPS, Joe Valle (PSB), Professor Israel Batista (PDT) e Evandro Garla (PRB). Os quatro primeiros já estão confirmados, mas Garla ainda parece relutante em compor o time.

Abrantes diz que o grupo, que almeja a liderança do governo na Casa, será anunciado oficialmente ainda esta semana. "Qualquer bloco da base tem condições de assumir a liderança do governo, mas tem de ser alguém de confiança do governador Agnelo", observa o distrital eleito, dando a entender que o líder pode sair de seu bloco.

SERÁ O BENEDITO ?

O distrital Benedito Domingos (PP) terá de prestar esclarecimentos à polícia sobre seus interesses na construção de fontes luminosas no Distrito Federal. A procuradora-geral de Justiça, Eunice Carvalhido, pediu ontem a abertura de inquérito policial para investigar suposto favorecimento do parlamentar à empresa responsável pelas obras que, no DF, é representada pelos filhos dele. Entre as evidências da ligação do político com o empreendimento do qual se beneficiavam os herdeiros está o fato de o deputado destinar emendas parlamentares para erguer esses pontos turísticos.

A procuradora Eunice Carvalhido usou como base para o pedido de abertura do inquérito nota publicada em 12 de setembro na coluna Eixo Capital, veiculada aos domingos no Correio. Na ocasião, foi divulgada informação dando conta de que a empresa contratada para reformar a fonte em frente à Torre de TV, a Euroatlântica do Brasil, é associada à multinacional Ghesa e tem como representantes legais no DF dois filhos de Benedito Domingos.
No documento enviado à Polícia Civil, o Ministério Público pediu, entre outras diligências, a identificação dos sócios da empresa Euroatlântica do Brasil. O MP também quer detalhes sobre as emendas apresentadas por Benedito Domingos que possam ter beneficiado a empresa ligada aos seus familiares. Foram solicitados também os contratos firmados entre o GDF e a Euroatlântida referentes à reforma da fonte luminosa.

Investimento altoBenedito Domingos destinou um total de R$ 800 mil em emendas para a construção das fontes do Taguapark e da Torre de TV, que há dois meses tornou-se um ponto turístico com águas coloridas e música no centro de Brasília. O GDF, por sua vez, liberou R$ 4 milhões para cobrir despesas com essa obra no Plano Piloto, além de R$ 700 mil para a da Praça do Relógio, em Taguatinga. Reeleito em outubro, Benedito indicou ainda mais R$ 1 milhão em uma emenda parlamentar para a reforma da Piscina de Ondas, que atualmente está desativada. Além de construir fontes luminosas, a empresa Euroatlântica do Brasil também afirma ser especializada nesse tipo de empreendimento.
Benedito confirmou ao Correio que apresentou as emendas para a reforma das fontes de Taguatinga e do Plano Piloto. Ele ponderou, no entanto, que também sugeriu que outras quantias fossem aplicadas em projetos situados em cidades como Samambaia e Ceilândia. “É dever do deputado indicar onde o Executivo deve aplicar seus recursos. Eu escolho projetos pela importância que os mesmos podem ter para a comunidade. A revitalização das fontes somou às cidades importantes pontos turísticos e de referência”, disse o parlamentar.
O distrital alegou que a contratação de um dos filhos, Sérgio Domingos, que é arquiteto e representa a empresa no DF, foi posterior à realização da concorrência pública que escolheu a empresa para tocar as obras. “Ele é um rapaz trabalhador, não teria condições de influenciar num processo como esse, conduzido, é bom que se diga, pelo Executivo”, defendeu o deputado.
Desde agosto, Benedito está com os bens bloqueados pela Justiça para eventual devolução aos cofres públicos de supostos desvios estimados em R$ 6 milhões e identificados pela Operação Caixa de Pandora. O deputado é apontado nas investigações como participante do esquema de corrupção investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Em setembro, o juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF, negou recurso do distrital para liberar seu patrimônio.Informações do Correio Braziliense.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ENCONTRO COM A BANCADA

Emendas

Os parlamentares do DF no Congresso Nacional acataram, ontem, 10 emendas das 12 apresentadas pelo governador eleito. A bancada deverá apresentar hoje as sugestões (veja quadro) ao orçamento da União de 2011. Na manhã de ontem, a equipe de Agnelo encaminhou documento com a lista de prioridades do próximo governo. As principais áreas contempladas foram a de Saúde e a de Transporte.

A parte requerida pelos deputados federais e senadores do DF no orçamento é de mais de R$ 1 bilhão. O GDF pode sugerir, oficialmente, cinco emendas, mas tradicionalmente consegue emplacar uma dezena. Entre as prioridades para a saúde estão: Hospital da Criança (R$ 40 milhões), Hospital de UTI (R$ 120 milhões) e Sarah Kubitschek (R$ 50 milhões).

SUGESTÕES DA BANCADA

Veja o que os deputados federais e senadores do DF contemplarão no orçamento da União de 2011:

» Hospital da Criança;
» Hospital de UTI;
» Ampliação do Metrô;
» Aquisição de equipamentos e modernização do sistema de segurança pública do DF;
» Implantação da internet banda larga;
» Implantação de via para veículos leves sobre pneus (VLP);
» Implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT);
» Cobertura das quadras poliesportivas nas escolas públicas;
» Implantação do Projeto Orla;
» Infraestrutura em assentamentos de baixa renda.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PRESIDENTE DE FIBRA

Sempre ativo e de prontidão, Antônio Rocha, presidente da Federação das Indústrias de Brasília (Fibra), vai dar uma mão ao governo de Agnelo Queiroz. Rocha busca atrair indústrias para o Distrito Federal, repetindo na capital da República e no Centro-Oeste aquele clima que São Paulo teve nos anos 60. Ele está esbanjando otimismo. Antônio Rocha é ligado ao PSB do Senador eleito Rollemberg e Gastão Ramos, esse candidato a federal tendo sido lembrado por quase quatro mil votos, até que ficou de bom tamanho.

domingo, 21 de novembro de 2010

PDT EM CRISE, CRISTOVAM EM FESTA!

 A crise no PDT-DF - desencadeada nos últimos dias pelos desentendimentos entre o presidente regional da legenda, Ezequiel Nascimento, e o senador reeleito Cristovam Buarque - pode acabar com uma intervenção branca. No partido, teve início um movimento pelo fim do confronto, com a escolha do pedetista histórico Georges Michel para a presidência do partido no Distrito Federal.

Mais amanhã o Senador Cristovam Buarque terá motivos para sorrir! Afinal acontecerá a festa de premiação do PRÊMIO CONGRESSO EM FOCO este ano será marcada pela premiação dos melhores parlamentares brasileiros, pela despedeida da atual legislatura e pelas boas- vindas aos novos congressistas. O evento  está marcado para às 20h dia 22 no Porto Vitória, em Brasília.

Cristovam receberá o prêmio, tendo sido o mais votado pelos jornalistas e os indicados para outras categorias especiais: Combate à corrupção, defesa da democracia, da educação, da saúde e do meio ambiente e melhor iniciativa do congresso.



BRIGA PROMETE SER BOA

O novo governador prometeu divulgar os nomes de seu secretariado até o dia 20 de dezembro. Garantiu que, até lá, qualquer conversa sobre o assunto será mera especulação. Enquanto essa briga principal por espaços fica adiada (na verdade, restrita aos bastidores), a disputa de poder entre os partidos aliados já está a todo vapor na Câmara Distrital. A indicação do Cabo Patrício (PT) para a presidência foi tranquila, mas a divisão do “micro-poder” da liderança de Governo renderá nos próximos dias.
 

HOMEM FORTE PARA CUIDAR DO COFRE

Agnelo Queiroz vai submeter o nome de seu futuro secretário da Fazenda à avaliação da presidente eleita Dilma Rousseff. Informações de bastidores dão conta de que o titular da Pasta deverá ser um quadro técnico estritamente vinculado ao cerne político do Palácio do Planalto. Ou seja, ligado ao PT ou, no máximo, ao PMDB. É que o déficit no orçamento do DF para 2010, estimado (até agora) em R$ 1 bilhão, vai requerer uma atenção muito especial do governo federal. Em tese, esses rumores inviabilizariam outro bochicho que circulou na capital nas últimas semanas: o de que o ex-secretário Valdivino de Oliveira teria sido sondado por Agnelo.
 

AGNELO, O OTIMISTA

O pessimismo com a situação orçamentária difícil que se espera para o ano que vem e com o drama da Saúde (que pode ser amplificado pelo envolvimento pessoal do novo governador) não deve monopolizar o debate neste período de transição. Agnelo Queiroz (PT) sabe disso e começa a sinalizar com atos positivos, que ajudam a motivar sua equipe e a aliviar a pressão da opinião pública. Um desses temas otimistas começou a ser articulado na quinta-feira,18. O novo governador pretende encampar o projeto de inclusão do Distrito Federal no sistema ferroviário federal, ligando Brasília à Ferrovia Norte-Sul, passando por Goiânia e Anápolis.
 
A ideia é interessante – e impressiona o fato desse ramal até a capital federal ainda não constar no projeto original da Norte-Sul. Dias atrás, Agnelo participou de uma reunião com técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) justamente para verificar a viabilidade de sua proposta. Segundo ele, o feedback foi positivo. Para o governador eleito, o ramal ferroviário ligando Brasília a Goiânia, além de integrar o Distrito Federal a um projeto nacional, do qual está ficando de fora, também representa desenvolvimento econômico para o DF e Goiás.
 
O modal ferroviário entre Brasília e Goiânia poderia cumprir o percurso de 200 quilômetros entre as duas cidades em cerca de uma hora. É menos da metade do tempo consumido por um carro usando a BR-060. A ferrovia incluiria transporte de carga e de passageiros. Esse projeto é discutido pelas duas unidades federativas há muitos anos. Segundo o estudo técnico assinado pelos dois governos, o eixo econômico ligando as duas capitais, passando por Anápolis, é o segundo maior do país. Em termos de potencial de consumo só perderia para o eixo Rio-São Paulo. Daí a importância de incrementar a integração e o aporte de investimentos em infraestrutura.
 
Como se ainda estivesse em campanha, Agnelo criticou os governos anteriores ao comentar o projeto do ramal ferroviário. Segundo ele, seus antecessores “só olhavam para o próprio umbigo, fazendo política miúda, sem pensar o Distrito Federal”. O problema, continuou o governador eleito, é que essa “falta de visão” impediu que o DF fosse inserido em grandes projetos nacionais, como é o caso da Ferrovia Norte-Sul. Agnelo também se mostrou preocupado com a imagem negativa que este projeto acabou obtendo em tempos passados e foi taxativo: “Não tem nada a ver com trem-bala ou trem-pequi. É um projeto com sustentação técnica, nada megalomaníaco e muito adequado à realidade”.
 
De olho na opinião pública, o petista tem razão ao procurar o debate de propostas positivas para o começo de seu governo. Nas últimas semanas, o período de transição foi marcado por notícias ruins. A principal delas diz respeito à área em que Agnelo mais pretende se notabilizar, a Saúde. Como médico, ele prometeu durante a campanha eleitoral que seria governador e secretário de Saúde nos primeiros 100 dias da administração. Assumiu esse sério compromisso, mas nos últimos dias sua equipe, se não pareceu desesperada, pelo menos deu mostras de que estava mal informada da real situação do setor. Segundo o levantamento preliminar da comissão indicado por Agnelo, o déficit da Saúde para o próximo ano será de nada menos que R$ 680 milhões. Isso, sem contar os problemas estruturais, como a falta de equipamento e de medicamentos, além da desmotivação dos profissionais.
 
O governador eleito não precisa ignorar uma eventual herança maldita. No entanto, como político habilidoso, sabe que o eleitor não gosta de choradeira. Eleitor gosta de realizações e motivos para sonhar.

domingo, 14 de novembro de 2010

ROSSO PROMETE CASA ARRUMADA

Pelo menos no discurso, o governador Rogério Rosso (PMDB) vem prometendo uma transição sob o signo da “total transparência” — algo, segundo ele, sem igual na história do Distrito Federal. Rosso afirma que não repetirá o comportamento da administração que o antecedeu. “Vamos fazer uma transição com transparência nas informações, como nunca foi feita no DF, que não fizeram comigo e que fez muita falta. Todos os dados solicitados — como contabilidade, finanças, orçamento, contratos, projetos em andamento e obras — serão prestados em, no máximo, 10 dias”, disse ele.
 
Segundo o que Rosso vem dizendo desde o final do processo eleitoral, as contas do DF serão entregues em boas condições ao seu sucessor. Ele vem repetindo uma espécie de mantra o qual reza o seguinte: desde que assumiu, em abril, vem promovendo um choque de gestão para que a próxima administração não passe o apuro que ele passou. Nos últimos dias, o governador tem afirmado que o orçamento deste ano se mostrou uma completa peça de ficção. Algumas áreas citadas por ele, como a do transporte escolar (Passe Livre Estudantil), apresentaram déficit de 60% entre o que foi previsto e o que efetivamente deveria ser gasto pelo GDF.
 
O governador eleito Agnelo Queiroz (PT) foi recebido por Rosso na quarta-feira, 10, no Palácio do Buriti. A visita foi rápida mas, segundo interlocutores do petista, o tom da conversa foi cortês. O peemedebista disse ao sucessor que sua equipe está se esforçando para que o DF tenha uma transição de governo tranquila. Depois do encontro, o petista elogiou o tratamento que tem recebido de Rosso e também as medidas tomadas por ele no caso do Hospital Regional de Santa Maria — foi um nomeado um interventor após denúncias de várias irregularidades administrativas.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

AGNELO E ROSSO

Era para ser uma visita de cortesia, mas o primeiro encontro entre o atual e o futuro governador serviu para falar de assuntos sérios. Além da intervenção no Hospital de Santa Maria, medida aprovada por Agnelo Queiroz, os dois trataram da falta de dinheiro em caixa.

O petista está preocupado com o déficit no orçamento. Rogério Rosso prometeu entregar as contas equilibradas para o sucessor. “Estamos fazendo um esforço para reduzir as despesas e aumentar a arrecadação para tentar chegar com o orçamento equacionado até 31 de dezembro”, garante Rosso.

Outro assunto que dominou a reunião foi a Copa do Mundo de 2014. Brasília vai sediar alguns jogos, mas foi descartada pela CBF como palco da abertura. Perdeu o lugar para São Paulo.

Rogério Rosso não escondeu o desapontamento. “Eu quero ver o Itaquerão pronto em 2013 para a Copa das Confederações. Há um cronograma da Fifa que tem de ser observado. Esse cronograma vale para algumas cidades-sede e para outras não?”, diz.

Agnelo Queiroz também lamentou a mudança e disse que o projeto de reforma no Mané Garrincha, orçado em R$ 700 milhões, vai ser reformulado. “Não há justificativa para que o DF faça um estádio com 70 mil lugares. Temos que reduzir o projeto para algo em torno de 40 mil lugares. A gente pode buscar, inclusive, outras formas de financiamento para o estádio”, fala o novo governador.

De acordo com o governador eleito, os recursos podem vir do BNDES, já que a Terracap foi impedida de repassar dinheiro para a construção do estádio. Com um projeto menor, a obra, inclusive, vai custar menos.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

AGNELO SERÁ O COORDENADOR DA TRANSIÇÃO

Após passar menos de uma semana se férias o governador eleito Agnelo Queiróz voltou e botou ordem na casa, entrevistas desastrosas, palavras sem nésios marcaram esses seis dias de transição, personagens sem representatividades deram as cartas e quase botaram água no chopp na transição, como por exemplo a entrevista na CBN dada por Raimundo Júnior, colocações pouco úteis de Abimael e Chico Floresta, tendo inclusive que dar explicações sobre Júnior, envolvido no mensalão.

Em reunião na sede do PRB, no Lago Sul, com os presidentes dos partidos que o apoiaram, o petista disse que contará com a ajuda dos senadores eleitos da base aliada, Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB), além do seu vice, Tadeu Filippelli (PMDB), e do presidente regional do PT, Roberto Policarpo.
O governador eleito afirmou que até 20 de dezembro vai anunciar os nomes dos secretários. Para esta terça-feira, Agnelo terá agenda cheia. Ele deve visitar a Biblioteca Nacional para conferir a estrutura do local e se reunir com os deputados distritais da base aliada para discutir o Orçamento do próximo ano. Além disso, a expectativa é que aconteça um encontro no Palácio do Planalto para falar sobre os recursos do governo federal que vão para a capital federal.


domingo, 7 de novembro de 2010

DEM PODE LUCRAR

As dificuldades financeiras do GDF se confirmando como primeiro entrave para Agnelo, mantendo-o preso ao dia-a-dia da administração e impedindo-o de desencadear ações de maior impacto, abrem campo para o crescimento da oposição. Entre as forças políticas que estão se preparando para capitalizar este mau momento está o DEM. Também na semana passada, o deputado federal Alberto Fraga afirmou que trabalha para ser o líder da oposição no Distrito Federal. Derrotado na disputa por uma vaga ao Senado e sem mandato a partir de janeiro, Fraga pleiteia o comando do DEM no DF como suporte para sua articulação. O atual presidente da legenda, senador Adelmir Santana, diz que o Democratas de Brasília aguarda a realização de duas reuniões para tomar alguma decisão. A primeira delas é com a cúpula nacional, agora com ascendência cada vez maior de Jorge Bornhausen. A outra é no próprio diretório regional da legenda, onde as arestas e postulações conflitantes poderão ser resolvidas.
 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PT AMADURECE

Quando o PT em 2006 não abriu mão de lançar candidatura própria, aliás como sempre fez desde a primeira eleição direta, naquela ocasião, Arlete obteve 275.660 mil votos, representando 20% dos votos válidos, mesmo o PT sabendo que Agnelo teria muito mais votos que Arlete, o partido não deu o braço a torcer e o resultado foi um desastre, a candidata sequer foi ao segundo turno, ficando atrás inclusive de Abadia, o grande vitorioso foi Arruda e o resultado do governo voçês já sabem. Já Agnelo obteve 544.313mil votos  para o senado e por pouco não bateu Roriz, que naquela altura era imbatível, Agnelo até pensou em se candidatar novamente a câmara federal, mais foi barrado pela turma do PC do B, diga-se Fredo e companhia, este fracassando, tendo menos de vinte mil votos, a diferença entre Agnelo e Arlete foi de 268.653 ou seja quase o dobro dos votos obtidos pela candidata, relembro esses números para alertar que o PT não passou de vinte por cento em 2006, já nessas eleições, a chapa encabeçada por Agnelo e tendo o vice Filippelli do PMDB obtiveram juntos mais de 66 por cento no segundo turno, a chapa ainda elegeu Rodrigo Rollemberg do PSB ao senado federal e reelegendo o senador Cristovam Buarque do PDT. O PT amadureçeu, mesmo sendo cabeça de chapa, embora Agnelo não seja petista de carteirinha (está no PT), resultado, o partido cresceu, elegendo três deputados federais, ao contrário de um em 2006, quando elegeu apenas Geraldo Magela, o governador e cinco distritais, aumentando sua bancada que era de quatro parlamentares. A receita é simples e aliança ampla com partidos da base do governo Lula, resta saber se a chapa que foi eleita permanecerá unida até 2014 onde haverá novas eleições, até lá muita água vai passar debaixo da ponte, é ver pra crer.




FILIPPELLI : PROVADO E APROVADO

Abordo sobre o vice-governador Tadeu Filippelli, presidente do PMDB-DF. Ele esteve à frente de mais de 2 mil obras, em diferentes fases de governo, e saiu inteiro, sem acusações nem suspeitas.

Filippelli, em boa parte dos governos de Joaquim Roriz, coordenou a distribuição de lotes em assentamento. Muita gente pode, conceitualmente, criticar o projeto que criou Samambaia, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião e outras cidades, hoje progressistas, bem instaladas, distantes do perfil de favela. Desafio alguém nesta Brasília que possa acusar Filippelli da distribuição irregular de um lote que seja. Foi um trabalho esmiuçado pela oposição, pelo Ministério Público e pela imprensa, mas não apareceu nenhum Filippelli recebendo terreno, nem outro tipo de denúncia.

Além de vice na chapa vitoriosa ao governo do DF, Filippelli articulou muito bem nos bastidores, principalmente no segundo turno as alianças em torno da chapa, hábil articulador, conseguiu trazer quatro partidos, conseguiu recursos com setores empresariais, levou Agnelo onde o petistas não tinha penetração, enfim, ajudou e muito Agnelo sair vitorioso nessas eleições. E ainda tem gente que fala mal.

Portanto, posições políticas à parte, justifica-se que Agnelo Queiroz tenha escolhido este vice-governador. Espera-se que, a partir de 1º de janeiro, possa haver convivência civilizada entre o PT e o PMDB à frente do destino do DF.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ABRE O OLHO AGNELO

O governador Agnelo Queiroz assegurou, em coletiva segunda-feira, duas coisas: no seu governo só haveria ficha-limpa e que Raimundo Júnior comandaria a equipe de transição. E criou um problema, pois justamente o homem que escolheu tem pendências com a Justiça.

Por causa disso é que Raimundo não compareceu à reunião de ontem de manhã, convocada pelo governador Rogério Rosso, para que o atual governo e o eleito começassem a acertar os ponteiros. No lugar de Raimundo estiveram Chico Floresta e Abimael Nunes, que explicaram a ausência do coordenador escolhido por Agnelo: estaria tratando de outros assuntos também referentes à troca de gestão.

Só lembrando Raimundo Júnior foi citado no escândalo na caixa de pândora e responde por processo pelo TCDF por mal uso de verba pública na época em foi secretário na gestão de Cristovam Buarque.

Pareçe que alguns petistas não aprendem mesmo a lição! Abre o olho Agnelo...



CAÇA FANTASMAS

Tenho esperança de ver Agnelo Queiroz revendo esse projeto do Estádio Mané Garrincha, que vai custar R$ 1 bilhão, despesa a ser paga pelo povo de Brasília.

Está decidido que Brasília não vai sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014 (vai para São Paulo). Além disso, o futebol de Brasília acabou. Vejam o Gama, por exemplo! Ganhou um estádio caríssimo e foi rebaixado para a quarta divisão. Isto é: morreu. O Bezerrão virou um estádio fantasma, que não serve para nada.

O Brasiliense, time do Luiz Estevão, está para ser rebaixado. Deve cair para a terceira divisão. O campeão brasiliense é o Ceilândia, que joga no Estádio Abadião e não reúne nem mil torcedores.

Se o Mané Garrincha for reconstruído será um estádio também fantasma, que nunca lotará seus 70 mil lugares.


Outro fantasma é o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que o governo Arruda negociou (deve ter negociado alto!), para rasgar a W3 Sul. É um trem sem passageiros, pois já existe o Metrô, supercheio, passando em paralelo. Em vez de VLT, é preciso comprar mais carros para o Metrô.

Se o governador Agnelo Queiroz um dia inaugurar esse VLT, vai passar pelo constrangimento de ver circular trens vazios, queimando energia à-toa. O VLT é um absurdo!

CASAMENTO ENTRE PETISTAS

É muito útil para a população do Distrito Federal eleger um governador do mesmo partido do presidente da República. Em momentos anteriores, quando isso não ocorreu, foram muitos os problemas, tanto para o governo brasiliense, como para o governo federal, mas também para a sociedade.

Assim, a eleição de Agnelo Queiroz (PT), com 66% dos votos, para governador do DF, em paralelo à escolha da petista Dilma Rousseff para presidente da República, é motivo de comemoração dupla em Brasília.

Há memória da década de 90, quando o então governador Joaquim Roriz não se afinava com o então presidente Itamar Franco. Depois, de 1994 a 1998, o governador foi o petista Cristovam Buarque, com entendimento meio difícil com o tucano Fernando Henrique Cardoso.

Quanto Roriz voltou ao governo, de 1998 a 2002, a relação com FHC era tão boa, que este mandou para o Congresso Nacional o projeto aprovado no último ano de governo, criando o Fundo Constitucional do DF. Este Fundo é tão poderoso que, do orçamento de R$ 13 bilhões do DF para 2011, cerca de R$ 8 bilhões vêm dele.

O DF teve Roriz como governador, ainda, de 2003 a 2006, convivendo de forma difícil com o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.

De 2007 em diante, Lula tentou relacionar-se amistosamente com o governador José Roberto Arruda, do DEM, mas deu no que deu.

Agora, Dilma e Agnelo têm a chance de fazer uma administração casada, conjugada, na qual o Distrito Federal possa servir de apoio ao Palácio do Planalto e a toda a estrutura do governo federal - sem crises. Esta é a esperança da população brasiliense, inclusive com a manutenção integral do Fundo Constitucional do DF, que em meio à crise do governo Arruda andou sofrendo ameaças na sua estrutura básica.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

QUEM HERDARÁ OS VOTOS DE RORIZ...

Para a maior parte do meio político de Brasília, especialmente aquele que depende das movimentações do Palácio do Buriti, Roriz já era carta fora do baralho desde que entregou o bastão para Weslian. A derrota da ex-primeira-dama sempre foi a maior aposta nesses bastidores. Mas mesmo em caso de vitória, cabalizavam que a vida do grupo de Roriz não seria fácil. Além de uma conjuntura desafavorável na Câmara Distrital, o ex-governador teria de lidar com algo complicado: reconstruir seu grupo depois de duas defecções seguidas: a do grupo do ex-governador José Roberto Arruda e a de Tadeu Filippelli (PMDB), hoje candidato a vice-governador na chapa de Agnelo Queiroz. Na avaliação desses agentes políticos, Roriz teria de negociar muito até mesmo para garantir sua governabilidade - e confirmando-se a vitória de Dilma, uma complicação maior ainda.
 
Essa turma, recheada de vivandeiros do poder, agora já discute como será a divisão do último espólio do rorizismo. A liderança política do ex-governador, marcada pelo viés do assistencialismo e do diálogo direto com as classes mais pobres (e por isso mesmo, algo teoricamente exótico em Brasília), não deixa herdeiros diretos. Contudo, pela força eleitoral que sempre teve no DF, é evidente que se abre um amplo espaço para novas investidas nesse terreno. Quem seria a nova liderança com perfil adequado para ocupar essa brecha? As filhas de Roriz, Jaqueline (deputada federal) e Liliane (deputada distrital), por serem uma extensão dependente da liderança do pai ainda precisam mostrar luz própria e muita habilidade para postular esse legado.
 

FUTURO DE AGNELO

São vários os fatores que colaboraram para o favoritismo do petista. Além do desarme dos principais pólos da oposição, com a queda de Arruda e o desarranjo jurídico de Roriz, Queiroz contou com a maior estrutura de campanha - uma das mais azeitadas máquinas eleitorais já montada no DF. A ocorrência do segundo turno foi um susto que a cúpula petista não contava. O que provocou esse sobressalto? Alguns especulam que foi a soma do escândalo envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra com o crescimento da presidenciável Marina Silva (PV).
Muitos, no entanto, comentam que a performance pessoal de Agnelo não encantou a classe média de Brasília. Depois de entrevistas e da participação em debates, muitos brasilienses foram às redes sociais da internet para manifestar que não se sentiam representados por nenhum dos candidatos - o que sempre incluía Agnelo. Sua eleição, para esses setores, estaria sendo por exclusão. Em seu eventual governo, o petista teria chance de reverter a imagem de dependente do lulismo e se consolidar como figura política confiável. Caso contrário, no próprio nicho petista, sua liderança voltará a ser contestada.