O Governador José Roberto Arruda deu novos contornos ao escândalo que o envolve e que foi comentado por este blog: Afirmou que resistirá “até o fim”.
Acontece que o “até o fim” de Arruda significa, na verdade, “até que não seja mais possível”.
Arruda tenta apenas ganhar tempo e evitar o inevitável. Sabe que evitar é impossível.
Já comentei aqui e repito: A situação de Arruda é insustentável. Não há político em cargo de relevo que resista sem apoio. E não há apoio que resista a um recebimento inexplicável de maços de dinheiro registrados em vídeo.
O Governador afirmou que poderá provar sua inocência. Começou a época de insultos à nossa inteligência.
Deveria Arruda fazer o que ninguém faz: Assumir o erro, resignar-se, pedir desculpas ao distinto público e retirar-se de cena.
Contudo, o Governador preferiu o velho script: Negação, falsa indignação, alusões a uma herança maldita deixada pelo antecessor e vitimização.
Não que não haja uma herança maldita advinda do governo de Joaquim Roriz. Não que Durval Barbosa, pivô do esquema, não tenha sido colaborador de Roriz.
Entretanto, isso não justifica. Arruda deveria ter denunciado o esquema de Roriz, feito de tudo para destruí-lo, impedí-lo em seu governo e ponto final.
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