O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) voltou a criticar o governo do Distrito Federal, a cargo de Agnelo Queiroz (PT), por contratar uma empresa de Cingapura, sem "conexão com a realidade local", para planejar o desenvolvimento econômico de Brasília nos próximos 50 anos. Nesta segunda-feira (1º), em Plenário, Rollemberg afirmou que, com dois anos e três meses de mandato, a atual administração do DF teve seis secretários de Desenvolvimento Econômico, cargo que chamou de "instrumento de barganha política".
"É importante conceber a vocação de Brasília como um grande polo de desenvolvimento de toda a região. Para isso, é fundamental ter visão estratégica. E a gente lamenta muito que um governo que ajudamos a eleger tenha se afastado completamente dos seus compromissos com a cidade", disse.
O parlamentar criticou a falta de uma política, no governo de Agnelo, para a articulação com o Entorno. Também apontou a carência no transporte para o Distrito Federal e ausência de polos industriais na região metropolitana.
Para o senador, falta investimento público no que seriam as vocações de Brasília. Um exemplo seria a implantação de parques tecnológicos, como o de biotecnologia e Cidade Digital, e um programa de extensão tecnológica que utilizasse a capacidade das universidades em prol das micro e pequenas empresas, que empregam grande parte da mão de obra do Distrito Federal. Rollemberg ainda lembrou o potencial local para centro de eventos turísticos e para um polo da área de saúde.
Ele também pediu mais transparência e citou a prisão de funcionários da Fundação de Apoio à Pesquisa por corrupção. O senador lembrou que a construção do estádio de futebol para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo é importante, mas é um "investimento muito caro sem ter outras contrapartidas, outros legados". Ele se ressentiu da falta de obras de mobilidade urbana e infraestrutura turística, além de qualificação profissional.
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