domingo, 12 de setembro de 2010

ALIADOS DE RORIZ PULAM DO BARCO...

A res­pei­to de de­cep­ções no pro­ces­so elei­to­ral, os po­lí­ti­cos mais ex­pe­ri­en­tes cos­tu­mam di­zer que “po­lí­ti­ca é a coi­sa mais in­gra­ta do mun­do”. Eles têm ra­zão. Em pou­cos di­as, um de­ter­mi­na­do can­di­da­to po­de as­sis­tir à ru­í­na de seu pro­je­to elei­to­ral, de­pois de vá­rios anos de tra­ba­lho e de­di­ca­ção. E a es­co­lha do elei­tor nem sem­pre é o prin­ci­pal mo­ti­vo do des­gos­to. A mai­or de­cep­ção é pro­vo­ca­da pe­las trai­ções. Pe­las re­pen­ti­nas mu­dan­ças de po­si­cio­na­men­to de ca­bos e ge­ne­ra­is elei­to­ra­is. A mo­e­da mais co­mum nes­sas re­vi­ra­vol­tas é bas­tan­te co­nhe­ci­da: a boa e ve­lha pers­pec­ti­va de po­der. Quan­to mais pró­xi­mo da vi­tó­ria (se­gun­do as pes­qui­sas), me­nos ris­cos de se de­cep­cio­nar com o exér­ci­to que pe­de vo­tos.


O ex-go­ver­na­dor Jo­a­quim Ro­riz (PSC) es­tá sen­tin­do na car­ne as do­res des­se fe­nô­me­no cor­ri­quei­ro em qual­quer plei­to. Sua can­di­da­tu­ra à re­e­lei­ção pas­sou a ser acu­a­da por to­dos os la­dos. É tan­ta pres­são que não se sa­be qual é o pi­or pro­ble­ma, qual dos pe­pi­nos pre­ci­sa ser re­sol­vi­do pri­mei­ro. O mais re­cen­te é a que­da ver­ti­gi­no­sa nas pes­qui­sas de in­ten­ção de vo­to. O le­van­ta­men­to do Ins­ti­tu­to Da­ta­fo­lha, di­vul­ga­do na sex­ta-fei­ra, 10, po­de­ria ser en­ten­di­do co­mo uma bom­ba, mas nem se cons­ti­tu­ía co­mo sur­pre­sa o fa­to do pe­tis­ta Ag­ne­lo Quei­roz (44%) ter apa­re­ci­do, ago­ra, 11 pon­tos à fren­te de Ro­riz (33%). A vi­ra­da de Ag­ne­lo já ha­via si­do pres­sen­ti­da e de­can­ta­da há pe­lo me­nos du­as se­ma­nas. Os nú­me­ros do ins­ti­tu­to pau­lis­ta ape­nas con­so­li­da­ram uma ten­dên­cia que já es­ta­va ní­ti­da.

Na ver­da­de, o oca­so de Ro­riz nas pes­qui­sas ape­nas com­ple­ta o es­tra­go pro­vo­ca­do pe­los pro­ble­mas do ex-go­ver­na­dor com a Jus­ti­ça Elei­to­ral. Des­de o co­me­ço da campanha pai­ram dú­vi­das so­bre a vi­a­bi­li­da­de jur­í­di­ca de sua can­di­da­tu­ra­ por con­ta da Lei da Fi­cha Lim­pa. Seus ad­vo­ga­dos vão de­fen­dê-lo até o fim, mas o es­tra­go da des­con­fi­an­ça já foi fei­to. Mais do que a per­da de elei­to­res, que ago­ra já não acre­di­tam que Ro­riz se vi­a­bi­li­ze, há ago­ra aque­le fe­nô­me­no pi­or, de trai­ção por par­te das li­de­ran­ças que estão à sua volta. Sem se identificar, uma delas, das mais pró­xi­mas de Ro­riz, re­su­miu es­sas di­fu­cul­da­des na se­ma­na pas­sa­da:?“Ro­riz é o me­lhor no­me pa­ra Bra­sí­lia, pois sa­be go­ver­nar res­pei­tan­do as di­fe­ren­ças so­ci­ais. Sa­be ar­ti­cu­lar a me­lhor con­vi­vên­cia en­tre os dois mun­dos que exis­tem em Bra­sí­lia. Mas per­de­mos es­sa pa­ra­da por con­ta da bo­a­ta­ria im­pos­ta por nos­sos ad­ver­sá­rios. Pre­ci­sa­mos, pe­lo me­nos, sal­var a permanência daqueles que podem conquistar mandatos nesta eleição.


Um comentário:

Harold disse...

Ainda bem que a candidatura de roriz segue ladeira abaixo. O DF não precisa ficar marcando passo com um político desses.
Grande abraço!!!


Obs: Bonita a virada do Palmeiras sobre o Atlético.