domingo, 26 de setembro de 2010

ANTÍ- RORIZ

Endurecer o discurso anti-Roriz. Essa foi a primeira reação do governadoriável Agnelo Queiroz (PT) à notícia de desistência de seu ex-oponente. O petista chamou a atenção para o fato de Weslian ser mulher de Roriz e lembrou que duas filhas do ex-governador também disputam as eleições – Jaqueline (deputada federal) e Liliane (deputada distrital). “Brasília não pertence a uma família”, disse Agnelo. A saída de Roriz foi positiva, avalia o grupo do petista. Um peemedebista disse que a desistência foi a “pá de cal” no projeto de Roriz. Os defensores de Agnelo passaram a trabalhar a ideia de que, agora, a vitória no primeiro turno ficou consolidada. Para isso, contam com a repercussão negativa que o caso de Roriz teve na classe média de Brasília.

PLANO B EM AÇÃO!

Logo após as convenções partidárias, escrevi aqui que Joaquim Roriz (PSC) poderia arrastar sua candidatura nos tribunais até 24 horas antes da eleição, momento em que poderia desistir e indicar alguém de sua coligação. Esse é o prazo legal para a substiuição de qualquer candidatura  majoritária. É um ponto fraco da legislação eleitoral, que, neste dispositivo específico, visa salvaguardar postulações de acidentes graves, como a morte do titular. Só que no jogo rasteiro das eleições brasileiras, virou uma brecha para quem quer escapar dos “rigor” da Justiça.

Não deu outra. Acossado pela aplicação da Lei da Ficha Limpa, que impedia até agora o registro de sua candidatura e o levou ao Supremo Tribunal Federal, Roriz desistiu de sua postulação. Todos imaginavam que ele indicaria um substituto de sua plena confiança. Na época das convenções, falava-se na ex-governadora Lourdes Abadia (PSDB) – parte do tucanato, inclusive, contava com esse desfecho. Mas ninguém esperava que o ex-governador fosse fazer uma escolha tão, digamos, pessoal: sua mulher Weslian, que também é filiado ao PSC. A ex-primeira-dama foi confirmada candidata ao governo do Distrito Federal no início da tarde de sexta-feira, 24.
 

Em suas primeiras palavras como candidata, Weslian não fez a menor questão de bancar algum tipo de independência. Disse logo que, eleita, governará junto com o marido. Mostrou também que já está afiada no proselitismo político: “Sou pequenininha, mas luto como um gigante. Vou fazer o melhor governo que Brasília já teve”. Seu discurso foi acompanhado por uma plateia tensa (muita gente emocionada, chorando). Para fontes do grupo de Roriz, a indicação de Weslian renova a esperança de vitória, pois representa estabilidade no projeto.

Weslian Roriz nasceu em Goiânia e, em 1959 (com 17 anos), mudou-se com a família para Luziânia, onde conheceu e se casou com Roriz no ano seguinte. Como primeira-dama de Brasília por 14 anos, esteve à frente de vários programas sociais. Ela também desempenha esse tipo de trabalho no Integra, uma ONG que fundou em 1999.


domingo, 19 de setembro de 2010

ÂNIMO NOVO!

A sexta-feira, 17, poderia ter sido melhor para o governadoriável do PT no DF, Agnelo Queiroz. Motivo para comemorar não faltou: a pesquisa Ibope, divulgada pela Rede Globo, cristalizou a liderança do petista no levantamento das intenções de voto. Ele teria 44% contra 31% de Joaquim Roriz (PSC). Mas os festejos pararam por aí. No meio da tarde, o jornalista Ricardo Noblat foi bastante enfático no Twitter ao dizer que, nesta semana, o Supremo Tribunal Federal vai aprovar o registro da candidatura do ex-governador.

A informação não foi confirmada em nenhum outro lugar, mas a tuitada de Noblat foi suficiente para causar tensão no comitê de Agnelo. A impressão nos bastidores é de que uma decisão favorável no STF seria capaz de ressuscitar as pretensões de Roriz. Faz sentido, já que o ex-governador só passou a se ver ameaçado por Agnelo nas pesquisas quando sua situação jurídica começou a degringolar, com as decisões negativas do TRE e do TSE. Avalizado pelo STF, pode movimentar sua militância novamente.

Outro fator fica nítido na própria pesquisa Ibope. Agnelo estacionou. E mais: o fraco desempenho de todos os candidatos no debate realizado pelos Diários Associados foi meio que uma ducha-fria em quem estava se encantando com o petista. “Era a hora para ele brilhar”, disse um brasiliense, que acompanhou o debate pela internet. O estouro da ex-ministra Erenice Guerra também não ajudou. O?PT agora tem dificuldade para se apresentar como guardião da ética. Ainda mais em Brasília, cujo eleitorado é mais escolado.

domingo, 12 de setembro de 2010

ALIADOS DE RORIZ PULAM DO BARCO...

A res­pei­to de de­cep­ções no pro­ces­so elei­to­ral, os po­lí­ti­cos mais ex­pe­ri­en­tes cos­tu­mam di­zer que “po­lí­ti­ca é a coi­sa mais in­gra­ta do mun­do”. Eles têm ra­zão. Em pou­cos di­as, um de­ter­mi­na­do can­di­da­to po­de as­sis­tir à ru­í­na de seu pro­je­to elei­to­ral, de­pois de vá­rios anos de tra­ba­lho e de­di­ca­ção. E a es­co­lha do elei­tor nem sem­pre é o prin­ci­pal mo­ti­vo do des­gos­to. A mai­or de­cep­ção é pro­vo­ca­da pe­las trai­ções. Pe­las re­pen­ti­nas mu­dan­ças de po­si­cio­na­men­to de ca­bos e ge­ne­ra­is elei­to­ra­is. A mo­e­da mais co­mum nes­sas re­vi­ra­vol­tas é bas­tan­te co­nhe­ci­da: a boa e ve­lha pers­pec­ti­va de po­der. Quan­to mais pró­xi­mo da vi­tó­ria (se­gun­do as pes­qui­sas), me­nos ris­cos de se de­cep­cio­nar com o exér­ci­to que pe­de vo­tos.


O ex-go­ver­na­dor Jo­a­quim Ro­riz (PSC) es­tá sen­tin­do na car­ne as do­res des­se fe­nô­me­no cor­ri­quei­ro em qual­quer plei­to. Sua can­di­da­tu­ra à re­e­lei­ção pas­sou a ser acu­a­da por to­dos os la­dos. É tan­ta pres­são que não se sa­be qual é o pi­or pro­ble­ma, qual dos pe­pi­nos pre­ci­sa ser re­sol­vi­do pri­mei­ro. O mais re­cen­te é a que­da ver­ti­gi­no­sa nas pes­qui­sas de in­ten­ção de vo­to. O le­van­ta­men­to do Ins­ti­tu­to Da­ta­fo­lha, di­vul­ga­do na sex­ta-fei­ra, 10, po­de­ria ser en­ten­di­do co­mo uma bom­ba, mas nem se cons­ti­tu­ía co­mo sur­pre­sa o fa­to do pe­tis­ta Ag­ne­lo Quei­roz (44%) ter apa­re­ci­do, ago­ra, 11 pon­tos à fren­te de Ro­riz (33%). A vi­ra­da de Ag­ne­lo já ha­via si­do pres­sen­ti­da e de­can­ta­da há pe­lo me­nos du­as se­ma­nas. Os nú­me­ros do ins­ti­tu­to pau­lis­ta ape­nas con­so­li­da­ram uma ten­dên­cia que já es­ta­va ní­ti­da.

Na ver­da­de, o oca­so de Ro­riz nas pes­qui­sas ape­nas com­ple­ta o es­tra­go pro­vo­ca­do pe­los pro­ble­mas do ex-go­ver­na­dor com a Jus­ti­ça Elei­to­ral. Des­de o co­me­ço da campanha pai­ram dú­vi­das so­bre a vi­a­bi­li­da­de jur­í­di­ca de sua can­di­da­tu­ra­ por con­ta da Lei da Fi­cha Lim­pa. Seus ad­vo­ga­dos vão de­fen­dê-lo até o fim, mas o es­tra­go da des­con­fi­an­ça já foi fei­to. Mais do que a per­da de elei­to­res, que ago­ra já não acre­di­tam que Ro­riz se vi­a­bi­li­ze, há ago­ra aque­le fe­nô­me­no pi­or, de trai­ção por par­te das li­de­ran­ças que estão à sua volta. Sem se identificar, uma delas, das mais pró­xi­mas de Ro­riz, re­su­miu es­sas di­fu­cul­da­des na se­ma­na pas­sa­da:?“Ro­riz é o me­lhor no­me pa­ra Bra­sí­lia, pois sa­be go­ver­nar res­pei­tan­do as di­fe­ren­ças so­ci­ais. Sa­be ar­ti­cu­lar a me­lhor con­vi­vên­cia en­tre os dois mun­dos que exis­tem em Bra­sí­lia. Mas per­de­mos es­sa pa­ra­da por con­ta da bo­a­ta­ria im­pos­ta por nos­sos ad­ver­sá­rios. Pre­ci­sa­mos, pe­lo me­nos, sal­var a permanência daqueles que podem conquistar mandatos nesta eleição.


ROLLEMBERG II

Na es­tei­ra do es­cân­da­lo, Hé­lio Jo­sé dis­pa­rou pe­sa­do con­tra Rol­lem­berg. Além de va­zar an­ti­gos res­sen­ti­men­tos, fez uma acu­sa­ção muito gra­ve: se­gun­do o pe­tis­ta, seu com­pa­nhei­ro de cha­pa es­ta­ria lei­lo­an­do a va­ga de su­plen­te que deveria ser sua. Co­mo ele dis­se aos jor­nais, a va­ga es­ta­ria sen­do ne­go­ci­a­da com um “mi­li­o­ná­rio do ra­mo da quí­mi­ca, in­te­gran­te de um dos par­ti­dos da co­li­ga­ção”. Não apresentou provas.

A his­tó­ria já es­ta­va ru­im nes­te pon­to, mas aca­bou fi­can­do pi­or. Cer­ca de du­as se­ma­nas após a ex­plo­são do es­cân­da­lo, já na me­ta­de de agos­to, o ca­so so­freu uma re­vi­ra­vol­ta. Ale­gan­do ino­cên­cia quan­to às acu­sa­ções de pe­do­fi­lia, Hé­lio Jo­sé de­ci­diu re­flu­ir em sua de­ci­são de se des­fi­li­ar e pas­sou a lu­tar jun­to ao Tri­bu­nal Re­gi­o­nal Elei­to­ral pa­ra ga­ran­tir sua can­di­da­tu­ra à su­plên­cia no Se­na­do.


Há al­guns di­as, o TRE do DF de­ci­diu man­ter o re­gis­tro da can­di­da­tu­ra de Hé­lio Jo­sé. Se­gun­do o des­pa­cho do tri­bu­nal, o pe­di­do de des­fi­li­a­ção (apre­sen­ta­do ao di­re­tó­rio na­ci­o­nal) de­ve­ria ser fei­to ao di­re­tó­rio re­gi­o­nal. Co­mo is­so não ocor­reu, o TRE man­te­ve as coi­sas co­mo es­ta­vam an­tes das de­nún­cias apa­re­ce­rem. Hé­lio Jo­sé con­ti­nua na pri­mei­ra su­plên­cia e não é di­fí­cil ima­gi­nar o mal es­tar. O pe­tis­ta pre­ci­sa pe­dir vo­tos pa­ra o ti­tu­lar da va­ga, que foi res­pon­sá­vel pe­la sua des­ci­da ao in­fer­no da po­lí­ti­ca. Rol­lem­berg, um dos fa­vo­ri­tos ao Se­na­do, era co­ta­do co­mo can­di­da­to a mi­nis­tro em um even­tual go­ver­no de Dil­ma Rous­seff. Ter um su­plen­te com es­se his­tó­ri­co de de­nún­cias é mo­ti­vo de so­bra pa­ra sa­ir de qual­quer lis­ta.

O im­bró­glio en­vol­ven­do a su­plên­cia de um dos can­di­da­tos ao Se­na­do em­ba­ça a se­ma­na da co­li­ga­ção de Ag­ne­lo, que aca­ba de con­so­li­dar a ten­dên­cia de vi­ra­da so­bre Jo­a­quim Ro­riz (PSC). Além de mos­trar boa van­ta­gem so­bre o ex-go­ver­na­dor, as pes­qui­sas mais re­cen­tes (co­mo Ibo­pe, Da­ta­fo­lha e Exa­ta) re­ve­lam uma folgada mar­gem a fa­vor dos can­di­da­tos que es­tão ao la­do do pe­tis­ta. O pri­mei­ro co­lo­ca­do nos le­van­ta­men­tos é o se­na­dor Cris­to­vam Bu­ar­que (PDT), se­gui­do pe­lo pró­prio Rol­lem­berg. Na prá­ti­ca, o pro­ble­ma com Hé­lio Jo­sé não in­flu­en­ciou as pes­qui­sas em na­da. Ali­ás, o so­ci­a­lis­ta foi o que mais cres­ceu nos úl­ti­mos es­tu­dos so­bre os hu­mo­res do elei­to­ra­do. Pa­re­ce que se­gue, no Dis­tri­to Fe­de­ral, uma for­te on­da ver­me­lha em­ba­la­da pe­la po­pu­la­ri­da­de do pre­si­den­te Lu­la da Sil­va. Até Cristovam tem surpreendido seus eleitores ao andar com Lula como se fossem irmãos siameses.

ROLLEMBERG I

Cer­tas de­ci­sões po­lí­ti­cas de­ve­ri­am en­trar pa­ra os anais do bes­ti­á­rio uni­ver­sal. Quan­do o PT de Bra­sí­lia de­ci­diu in­di­car o seu se­cre­tá­rio de As­sun­tos Ins­ti­tu­ci­o­nais e Políticos, Hé­lio Jo­sé Li­ma, pa­ra a su­plên­cia do can­di­da­to ao Se­na­do Ro­dri­go Rol­lem­berg (PSB), o de­sas­tre já po­dia ser vis­to nas es­tre­las. Sabe-se agora que os dois ti­nham um his­tó­ri­co de atri­tos po­lí­ti­cos, por dis­pu­tas de ba­ses elei­to­ra­is do PT – in­clu­in­do até de­sa­ven­ças fa­mi­lia­res an­ti­gas no En­tor­no do Dis­tri­to Fe­de­ral. Se­rá que nin­guém no Partido dos Trabalhadores sa­bia des­sa saia-jus­ta? Ou sim­ples­men­te apos­ta­ram que na­da dis­so vi­ria à to­na du­ran­te o es­tres­se da cam­pa­nha elei­to­ral?

Pois bem. No iní­cio de agos­to, Ro­dri­go Rol­lem­berg apa­re­ceu no PT de Bra­sí­lia pa­ra co­mu­ni­car que Hé­lio Jo­sé é acu­sa­do de pe­do­fi­lia. A ví­ti­ma se­ria uma so­bri­nha. O se­na­do­ri­á­vel ale­gou que não po­de­ria omi­tir es­sa in­for­ma­ção, pois po­de­ria ser ex­plo­ra­da pe­los ad­ver­sá­rios. A his­tó­ria foi con­fir­ma­da pe­la fa­mi­liar do pe­tis­ta, que afir­ma ter si­do abu­sa­da por ele quan­do ti­nha en­tre 11 e 15 anos. No ato se­guin­te, o PT exi­giu a des­fi­li­a­ção de Hé­lio Jo­sé, que a apre­sen­tou ao di­re­tó­rio na­ci­o­nal da si­gla. Is­so, na prá­ti­ca, re­pre­sen­ta­va o fim da pos­tu­la­ção do pe­tis­ta, já que não exis­te can­di­da­tu­ra sem par­ti­do. A co­li­ga­ção de Ag­ne­lo Quei­roz (PT) pas­sou a pro­cu­rar um sub­sti­tu­to – o se­gun­do su­plen­te, Clau­dio Ave­lar (PCdoB), do Sin­di­ca­to dos Po­li­ci­ais Fe­de­ra­is do DF, fi­cou es­pe­ran­ço­so, mas a va­ga é do PT.

Na es­tei­ra do es­cân­da­lo, Hé­lio Jo­sé dis­pa­rou pe­sa­do con­tra Rol­lem­berg. Além de va­zar an­ti­gos res­sen­ti­men­tos, fez uma acu­sa­ção muito gra­ve: se­gun­do o pe­tis­ta, seu com­pa­nhei­ro de cha­pa es­ta­ria lei­lo­an­do a va­ga de su­plen­te que deveria ser sua. Co­mo ele dis­se aos jor­nais, a va­ga es­ta­ria sen­do ne­go­ci­a­da com um “mi­li­o­ná­rio do ra­mo da quí­mi­ca, in­te­gran­te de um dos par­ti­dos da co­li­ga­ção”. Não apresentou provas.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

RORIZ EM CRISE

Di­an­te da per­for­man­ce do pe­tis­ta e dos re­ve­zes que vem so­fren­do na área ju­rí­di­ca, Jo­a­quim Ro­riz vi­ve o pi­or dos in­fer­nos a me­nos de 30 di­as da elei­ção. A al­guns in­ter­lo­cu­to­res, o ex-go­ver­na­dor re­cla­mou da fal­ta de en­vol­vi­men­to de li­de­ran­ças e até deu si­nais de aba­ti­men­to fí­si­co. Pa­ra fe­char os va­za­men­tos di­ag­nos­ti­ca­dos nas pes­qui­sas, Ro­riz re­u­niu-se na sex­ta-fei­ra, 3, com o co­man­do da cam­pa­nha. Além de ava­li­ar o atu­al qua­dro da dis­pu­ta nas ru­as, o ex-go­ver­na­dor tam­bém fez um check-up da si­tu­a­ção ju­rí­di­ca. Um dos efei­tos co­la­te­ra­is des­se mo­men­to crí­ti­co é a on­da de bo­a­tos so­bre uma even­tual de­sis­tên­cia. Al­guns co­mi­tês che­ga­ram a fe­char as por­tas de­pois de re­ce­be­rem tro­tes de fal­sos as­ses­so­res di­zen­do que Ro­riz ti­nha jo­ga­do a to­a­lha.

BARBA, CABELO E BIGODE...

Para um petista que  foi um dos pri­mei­ros a se en­tu­si­as­ma­rem com a ideia de ti­rar Ag­ne­lo Quei­roz do PC do B e con­fir­má-lo co­mo can­di­da­to a go­ver­na­dor pe­lo PT no Dis­tri­to Fe­de­ral. Ele ago­ra co­me­mo­ra a es­co­lha, con­fir­ma­da pe­la con­ven­ção do par­ti­do. Nas mais re­cen­tes pes­qui­sas de in­ten­ção de vo­to, Ag­ne­lo ul­tra­pas­sou o ex-go­ver­na­dor Jo­a­quim Ro­riz (PSC). Ape­sar de ain­da es­ta­rem tec­ni­ca­men­te em­pa­ta­dos na mar­gem de er­ro, o que con­ta nes­te mo­men­to são as ten­dên­cias: Ag­ne­lo su­bin­do e Ro­riz ca­in­do. “A vi­ra­da é?im­pres­sio­nan­te”, diz, “va­mos ga­nhar es­ta elei­ção”.

Ou­tra te­se que se con­fir­mou, foi a apro­xi­ma­ção com o PMDB. “Ela nos abriu as por­tas pa­ra di­a­lo­gar com o em­pre­sa­ri­a­do do DF”. Mais do que um “no­vo ca­mi­nho”, essa aliança,  acre­di­ta que a es­sa con­fi­gu­ra­ção po­lí­ti­ca tem mais a ver com um “no­vo mo­men­to” de Bra­sí­lia. “Nas ru­as, a po­pu­la­ção es­tá mui­to es­pe­ran­ço­sa. Es­tá mui­to con­fi­an­te de que, ago­ra, po­de­re­mos mu­dar o jei­to de se fa­zer po­lí­ti­ca no DF”. Se­ria o pri­mei­ro fru­to po­si­ti­vo da on­da de es­cân­da­los do ano pas­sa­do.

Es­sa ma­ré de re­no­va­ção na prá­ti­ca po­lí­ti­ca, que de­ve se con­so­li­dar com a elei­ção dos dois se­na­do­res na cha­pa pe­tis­ta (o pe­de­tis­ta Cris­to­vam Bu­ar­que e o so­ci­a­lis­ta Ro­dri­go Ro­lem­berg) tem tam­bém su­as res­pon­sa­bi­li­da­des. Em um  even­tual go­ver­no do PT, com Ag­ne­lo, “não tem o di­rei­to de er­rar”. Pre­ci­sa ser, em seu en­ten­di­men­to, uma ad­mi­nis­tra­ção com­ple­ta­men­te tran­spa­ren­te. “O Ag­ne­lo é a nos­sa úl­ti­ma es­pe­ran­ça de mo­ra­li­za­ção da po­lí­ti­ca aqui em Bra­sí­lia”, con­clui um figurão petista.