Em meio à confusão na qual a política do Distrito Federal se transformou, na semana passada, com mais um episódio provocado pela dupla Durval Barbosa e o jornalista Edson Sombra, acrescentou-se uma dose de especulação de que o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) e sua mulher, Weslian Roriz, teriam regressado do giro pela Europa. Como a assessoria do ex-governador havia divulgado, quando ele viajou no dia 23 de janeiro, que ele só retornaria ao Brasil depois do carnaval, a onda de boatos, embora desmentida por familiares e assessores próximos, davam conta de que Roriz desembarcou com sua mulher na sexta-feira, 5, e imediatamente foi para sua fazenda em Luziânia.
As hipóteses para o retorno antecipado, veementemente desmentido pela assessoria, apontam para a chapa quente em que se está transformando a chamada Operação Pandora. “Tanto Durval Barbosa, quanto Edson Sombra são remanescentes do governo de Joaquim Roriz e isto pode acabar chegando até ele”, confidenciou uma fonte na Câmara Legislativa. Mesmo que Roriz não tenha chegado a Brasília, ele está sendo informado passo a passo de tudo que está se desenrolando na política do DF. “Pode até ser especulação, mas a convenção do PMDB realizada no sábado, 6, para referendar o nome do deputado Michel Temer à frente do partido, tem tudo a ver com o xadrez político do Distrito Federal”, conta um observador atento dos movimentos dos grupos que pleiteiam a cadeira de Arruda. A explicação é a seguinte: o deputado Tadeu Filippelli, ex-pupilo de Roriz e presidente dos peemedebistas local, articula uma chapa encabeçada pelo partido, aglutinando os desgarrados do governo por conta das denúncias do delator Durval Barbosa. Tudo indica que esta chapa pode prosperar e aglutinar PSDB, PP, PR, PPS e os cacos do DEM complicando o favoritismo de Roriz. “A questão é saber quem se habilita a ser o candidato do PMDB”, tem questionado pessoas que conhecem os passos de Filippelli.
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