Agnelo Queiroz (PT) entra na última semana de campanha do jeito que esperava fechar os últimos dias do primeiro turno, ou seja, com as previsões de todos os institutos apontando uma vitória fácil. A surpresa indesejada da segunda etapa da disputa, com o visível abatimento inicial da militância, foi acompanhada de outro fenômeno desagradável: o cenário da eleição presidencial também não foi o aguardado. A presidenciável petista, Dilma Rousseff, foi jogada nas cordas pelo crescimento de Marina Silva (PV) e pela mobilização de grupos religiosos. Com isso, na nova jornada do segundo turno, Agnelo teve de encarar a preferência do eleitorado do Distrito Federal pelo candidato tucano, José Serra.
Mas o candidato petista conseguiu suplantar todos esses elementos negativos do cenário. É claro que contou com uma série de fatores externos ao seu trabalho. Especialmente pelas dificuldades naturais da candidatura de sua adversária, Weslian Roriz (PSC). A ex-primeira-dama do DF, como já foi dito aqui, consiste na mais mal avaliada jogada política do experiente Joaquim Roriz. O ex-governador avaliou muito mal seu poderio político. Não percebeu o quanto, ao longo dos últimos anos, as forças eleitorais de seu grupo foram exauridas pelas defecções de José Roberto Arruda (que formou, pelo menos temporariamente, uma nova gravitação do poder) e Tadeu Filippelli (que lhe tomou o comando do PMDB).
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