terça-feira, 25 de maio de 2010

RASTEIRA FEDERAL

Na segunda-feira, 24, a comissão política do PCdoB-DF culminou com uma decisão que já esperada. O grupo dirigente dos comunistas no DF comunicou ao pré-candidato a deputado federal Cláudio Avelar, presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Brasília, que não mais lhe daria a legenda do partido. Pois decidiram concorrer com um só candidato e este seria Messias de Souza, velho cacique do PCdoB no DF.

Até aí, nada demais, se não fora as circunstâncias que envolveram tal resolução de tirar a possibilidade do Cláudio Avelar de concorrer à vaga de deputado federal. A decisão de ingressar nas fileiras comunistas foi objeto de discussão com a direção do partido no DF e envolveu o presidente à época, Apolinário Rebelo, o secretário de organização, Alan Bueno e o vice-presidente, Messias de Souza. Cláudio, naquela oportunidade, colocou que a ele só interessava concorrer à vaga federal. E todos aceitaram de bom grado.

Como naquela oportunidade a situação política no DF indicava que o grupo do Arruda seria imbatível nas eleições deste ano, os comunistas viram no Cláudio uma saída para resolver o problema de não ter um candidato a deputado federal, já que Fredo Ebling, o nome natural para concorrer, não aceitou ser “boi de piranha” dos oportunistas da direção do PCdoB-DF. Assim, aceitaram a filiação de Avelar. O partido fez uma baita festa, com a presença de vários parlamentares e do presidente nacional do partido, Renato Rabelo. Os discursos foram os mais eufóricos e elogiosos ao novo militante. A Comissão política precisava mostrar aos “capas” nacionais que o partido no DF estava crescendo.

O tissuname da “caixa de pandora” mudou tudo. Até a cabeça dos dirigentes comunistas do DF. Para eles a direita estava derrotada e essa era a oportunidade de rever tudo. Aí pensaram os grandes teóricos políticos do PCdoB-DF: neste caso não precisamos mais de um “cristão novo”. Vamos concorrer com um quadro comprometido com os nossos ideais. Comunista de boa cepa. As favas os compromissos assumidos e a palavra dada. O que vale é o nosso projeto pessoal. Nossos valorosos militantes elegerão Messias. E por que não? Nós não elegemos Agnelo várias vezes?

Assim, a candidatura do Cláudio Avelar foi para o espaço, numa rasteira digna da mais perversa política que os verdadeiros comunistas sempre renegaram. Porque os comunistas verdadeiros são, acima de tudo, honestos e fraternais com os seus camaradas. Não usam desses subterfúgios que são armas da burguesia e dos reacionários. Vamos ver no que vai dá essa decisão. Quem viver verá.



Um comentário:

MÁRCIA OLIVIERI disse...

ESSE PARTIDO NUNCA VAI CRESCER NO DF, QUANDO APARECE UM CARA BOM ELES LOGO RIFAM, O ÚNICO NOME SEMPRE FOI AGNELO E OLHA O QUE FIZERAM COM ELE!