sexta-feira, 22 de julho de 2011

PITIMAN FORA

O secretário de Obras, Luiz Pitiman, vai deixar o governo. Após semanas de fritura política, ele entregou ontem a carta de demissão ao governador Agnelo Queiroz.

O encontro foi tenso. A saída do secretário de Obras vinha se desenhando há semanas. Indicado pelo vice-governador Tadeu Filippelli — do aliado PMDB —, Pitiman perdeu também o apoio de seu padrinho. O motivo é uma postura considerada muito independente por Filippelli e desagregadora pela cúpula do PT.

Pitiman começou a cair quando demonstrou abertamente intenção de disputar, mesmo a longo prazo, uma candidatura majoritária, ao próprio Palácio do Buriti ou ao Senado. Desagradou, assim, o secretário de Governo, Paulo Tadeu, e também o próprio Filippelli, ambos nomes na disputa pela sucessão de Agnelo em eleições no futuro. O vice-governador tenta agora emplacar o sucessor. O nome forte é o presidente da Novacap, Maurício Canovas, que sempre integrou a equipe de obras de Filippelli. Mas o momento é crítico. Petistas querem um representante dos dois grupos políticos.

Procurada pelo Correio, a assessoria de Agnelo confirmou a carta de demissão, mas disse que o governador ainda não tomou uma decisão sobre o pedido. A informação oficial é de que Pitiman é um aliado do governo onde estiver, seja no Executivo ou na Câmara. Ele assumirá o mandato de deputado federal, desabrigando, assim, o suplente Ricardo Quirino (PRB), representante da Igreja Universal do Reino de Deus no Legislativo. Esse era um detalhe que Agnelo precisava resolver. Os evangélicos são uma forte base de apoio do governo. Por isso, é possível que Quirino ganhe um cargo no Executivo.



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