Embora não tenha ainda uma definição se o PSDB realmente vai se coligar com Joaquim Roriz, tudo indica que, se não houver uma reviravolta nas articulações políticas no DF, os tucanos vão mesmo apoiar a coligação com o PSC, seguindo a aliança nacional. “Está muito difícil montar uma chapa competitiva com PMDB, PSDB, DEM, PP, PPS e PTB, por conta de compromissos de algumas destas legendas com adversários dos tucanos”, conta um membro da executiva local. Tudo leva a crer que o caminho será mesmo a polarização entre Joaquim Roriz e o PT.
Enquanto as articulações para que o PSDB embarque ou não na campanha rorizista não se define, o presidente dos tucanos no Distrito Federal, Márcio Machado, reassume o posto do qual estava licenciado. Na semana passada, Márcio foi confirmado no cargo pelo senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB nacional. Márcio disse na sexta, que “os partidos ainda estão conversando para que se viabilize uma via principal”. Ou seja, o PMDB é quem está com a posse da bola.
Algumas lideranças dos partidos que poderão construir esta possível via não veem chances de construir uma candidatura viável para disputar com o PT e PSC. “Os interesses de cada legenda no campo nacional são conflitantes. Como o PMDB, por exemplo, que apoia a pré-candidata Dilma Rousseff vai abandoná-la em favor de José Serra? Indaga um peemedebista pró-aliança com o PT. O mesmo caso se aplica ao DEM, que precisa mostrar que está vivo e para isso busca desesperadamente montar um palanque para o presidenciável tucano José Serra. Caso não seja possível, o caminho será coligar com Joaquim Roriz, algo que dá arrepios em alguns caciques da legenda, que forçaram a renúncia de muita gente em nome da “depuração ética”.
Soma-se a estas questões a pressão dos pré-candidatos do PSDB e do DEM a deputado distrital, federal e, possivelmente, ao Senado, que aguardam ansiosos uma definição. A situação do DEM é a mais desesperadora, pois tem muita gente que era do grupo de Paulo Octávio conversando com Roriz. “Se não houver uma definição logo, o DEM pode, no máximo, conseguir eleger apenas uns dois deputados federais e três distritais”, avalia um militante que já teve papel graduado no extinto governo de José Roberto Arruda. Quanto ao PSDB, tem gente querendo que a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia se candidate a governadora novamente. “Esta ideia não a empolga nem um segundo. Nem ao governo nem o Senado. O que ela quer mesmo e se candidatar a deputada federal, cargo no qual ela tem chances de vitória e sem correr risco de comprometer seu futuro político”, conta uma amiga histórica.
Pelas últimas movimentações, DEM e PSDB vão acabar mesmo tendo que subir no barco de Joaquim Roriz para não ficarem isolados e sem rumo. Bem que o deputado federal Alberto Fraga tenta ser o salvador da pátria, mas está tendo dificuldades para convencer outras legendas, principalmente o PMDB. Fraga, de acordo com amigos, está dando sinais de desânimo e vai mesmo investir em sua reeleição.
2 comentários:
NOVIDADE, FRAGA, ABADIA, É TUDO IGUAL...
ELES ESTÃO DESESPERADOS, O DEM DESMORALIZADO, O PSDB TAMBÉM, NÃO TEM OUTRA ALTERNATIVA, VOLTAREM AO SEU CRIADOR...
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