terça-feira, 2 de novembro de 2010

QUEM HERDARÁ OS VOTOS DE RORIZ...

Para a maior parte do meio político de Brasília, especialmente aquele que depende das movimentações do Palácio do Buriti, Roriz já era carta fora do baralho desde que entregou o bastão para Weslian. A derrota da ex-primeira-dama sempre foi a maior aposta nesses bastidores. Mas mesmo em caso de vitória, cabalizavam que a vida do grupo de Roriz não seria fácil. Além de uma conjuntura desafavorável na Câmara Distrital, o ex-governador teria de lidar com algo complicado: reconstruir seu grupo depois de duas defecções seguidas: a do grupo do ex-governador José Roberto Arruda e a de Tadeu Filippelli (PMDB), hoje candidato a vice-governador na chapa de Agnelo Queiroz. Na avaliação desses agentes políticos, Roriz teria de negociar muito até mesmo para garantir sua governabilidade - e confirmando-se a vitória de Dilma, uma complicação maior ainda.
 
Essa turma, recheada de vivandeiros do poder, agora já discute como será a divisão do último espólio do rorizismo. A liderança política do ex-governador, marcada pelo viés do assistencialismo e do diálogo direto com as classes mais pobres (e por isso mesmo, algo teoricamente exótico em Brasília), não deixa herdeiros diretos. Contudo, pela força eleitoral que sempre teve no DF, é evidente que se abre um amplo espaço para novas investidas nesse terreno. Quem seria a nova liderança com perfil adequado para ocupar essa brecha? As filhas de Roriz, Jaqueline (deputada federal) e Liliane (deputada distrital), por serem uma extensão dependente da liderança do pai ainda precisam mostrar luz própria e muita habilidade para postular esse legado.
 

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