quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PRESIDENTE DO BRB AMEAÇADO DE MORTE

Do Correioweb:

O diretor-presidente do Banco de Brasília (BRB), Edmilson Gama da Silva, terá a segurança reforçada após receber consecutivas ameaças de morte. A Secretaria de Segurança Pública montou uma nova estratégia para protegê-lo e dar reforço às investigações em busca dos possíveis autores dos delitos. Desde janeiro deste ano, o presidente coleciona indícios de uma conspiração feita para amedrontá-lo, como ligações repentinas em sua residência e a aproximação de carros suspeitos.

Em entrevista ao Correio, Silva demonstrou não estar apreensivo. “Estamos administrando esses acontecimentos com tranquilidade. O banco possui um aparato de segurança rígido e eu também tenho”, disse. Segundo o presidente, o motivo para ter se tornado vítima da ação de criminosos é a postura adotada diante de contratos suspeitos de irregularidades. “Quando fomos nomeados pelo governador, recebemos a incumbência de moralizar o BRB, colocá-lo no lugar de onde a instituição nunca deveria ter saído. Suspendemos contratos, alertamos o Ministério Público e o Tribunal de Contas. Eventualmente, isso pode contrariar interesses privados”, acredita.

Na Secretaria de Segurança Pública, a palavra de ordem é rigor. Apesar de não explicar as estratégias ou o rumo da investigação, até mesmo para não atrapalhar a aplicação das medidas necessárias, foram traçados dois pontos de atuação: a manutenção da segurança de Edmilson Gama da Silva e a identificação dos autores. Ambas as ordens foram dadas diretamente por Sandro Avelar, secretário da pasta.

Esse não é o primeiro caso de autoridades ameaçadas no atual governo. Em 31 de março, o então secretário de Desenvolvimento Econômico, José Moacir Vieira, deixou o cargo após sofrer sucessivas intimidações. Praticamente dois meses depois de sair do governo, ele registrou uma ocorrência na 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), alegando ainda estar recebendo ameaças de morte. Enquanto ocupava o alto escalão do GDF, José Moacir pediu escolta policial ao governador Agnelo Queiroz (PT), mas saiu antes de que o aparato fosse efetivado. À época, a delegacia responsável pelo caso suspeitava da atuação de servidores da administração pública no esquema.

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