Médicos, enfermeiros e demais servidores da rede pública de saúde do Distrito Federal terão de registrar a presença no trabalho por meio do ponto eletrônico. A expectativa é implementar o controle eletrônico de frequência e de acesso em todos os hospitais públicos a partir do primeiro semestre desse ano. O ponto de partida será o Hospital de Base (HBDF), onde a instalação do equipamento já começou, seguido depois do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Conforme a medida publicada no Diário Oficial do DF, as folhas com assinaturas para comprovar os horários de entrada e saída serão substituídas por máquinas capazes de fazer a identificação do funcionário por meio de crachá ou de leitura biométrica – que analisa as impressões digitais.
Roletas de controle de acesso já estão sendo colocadas no HBDF. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal avalia que a iniciativa será uma ferramenta importante na redução da troca de jornadas, onde os médicos utilizam o horário de expediente na rede pública para atender em clínicas particulares.
De acordo com as novas normas, se no final de cada mês for comprovado um débito dos funcionários superior a quatro horas, será descontado da remuneração do servidor o correspondente ao total de horas não trabalhadas. Os servidores também não poderão exceder mais de quatro horas de sua carga horária semanal de trabalho, e não cumprirão mais do que uma hora de sua jornada diária, salvo casos excepcionais e autorizados por suas chefias imediatas.
O presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, afirma que a medida já veio com atraso. “Gerenciar é fundamental, mas o governo não teve eficácia foi para contratar funcionários. É preciso capacitar nossos gestores, e um ponto eletrônico mostra apenas a deficiência deles em fazer isso. Queremos que o principal problema seja resolvido, que é a falta de médicos”, declarou Fialho.
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