sábado, 10 de março de 2012

GRANDES NEGÓCIOS

Alline Farias, Jornal da Comunidade
Apesar de estar no centro dos holofotes, a construção do Estádio Nacional de Brasília não é a única grande obra em andamento na cidade. Bem mais silenciosa caminha a construção do novo Centro Administrativo do GDF, que está sendo erguido em Taguatinga, por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) inédita no Brasil.

A publicação do extrato da PPP no Diário Oficial do DF ocorreu em abril de 2009, ainda no governo Arruda, mas somente no fim do ano passado as obras foram iniciadas, já no governo Agnelo. No GDF, a única autorizada a dar informações sobre o projeto é a vice- governadoria

Porém, informações divulgadas pela Secretaria de Obras mostram a grandiosidade da obra, não somente em tamanho, mas também em cifras: o GDF vai pagar mensalmente R$ 13 milhões durante 20 anos, período em que o consórcio responsável pela obra, formado pelas empresas Via Engenharia e Odebrecht, chamado Centrad, vai administrar o Centro Administrativo e explorar serviços de manutenção, segurança e comércio.

Apesar das cifras altas, o GDF garante que a construção do complexo irá gerar uma economia de cerca de R$ 12,7 milhões mensais ao deixar de pagar despesas com aluguel de imóveis e manutenção. Para o cientista político João Paulo Peixoto, este não é o melhor momento para tamanha obra. “Várias áreas do GDF já estão instaladas no Buriti e há, ainda, áreas vazias a serem ocupadas. Não acho conveniente uma obra dessa agora, ainda mais em um tempo em que o governador alega falta de recursos para, por exemplo, atender a reivindicações de categorias”. Ele lembra que, mesmo sendo uma obra dentro de uma PPP, “uma hora a conta cai no colo do governo”, observa.

O complexo irá abrigar 15 mil servidores, de secretarias e outros orgãos do governo, e será construído em duas etapas, e tem custo de R$ 570 milhões. A área total construída será de 178 mil m2. Destes, 61 mil m2 será de paisagismo.

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