sábado, 17 de dezembro de 2011

CONSPIRAÇÃO NA PM

G1:

Praças e oficiais da Polícia Militar que ocupam posições estratégicas em células de inteligência na estrutura do Governo do Distrito Federal estão sendo investigados por suposta participação em atividades conspiratórias contra o governador Agnelo Queiroz e integrantes de sua cúpula. Dois inquéritos policiais que correm em sigilo em unidades especiais da Polícia Civil foram abertos para apurar denúncias, coletar documentos e registrar depoimentos que confirmem as atividades consideradas, no mínimo, condenáveis pelo GDF.
Um dos inquéritos, instaurado na Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco), apura os fatos envolvendo o episódio em que o delator Daniel Tavares, ex-funcionário de uma empresa química, gravou um depoimento na casa da deputada distrital Eliana Pedrosa (PSD) contra Agnelo Queiroz.
Um dos pontos que chamam a atenção é que Tavares teria sido levado para a casa da distrital por um tenente-coronel da PM que seria lotado no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop). Tanto Tavares quanto o militar chegaram juntos em um mesmo carro à casa de Eliana Pedrosa. Da forma mais discreta possível – quando soube do episódio – o comando-geral da corporação exonerou o tenente-coronel. Em seguida, o oficial fez uma viagem internacional com ônus para a corporação. “Toda passagem de comando sempre tem uma solenidade e a mudança no Bavop ocorreu da noite para o dia, sem alarde para não manchar o nome da PM”, contou uma fonte policial.

Eliana Pedrosa confirmou que um alto oficial da PM acompanhou Daniel até sua casa quando a gravação foi feita. “Daniel aparentava estar muito assustado e temendo pela sua vida. Não sei se os dois tinham algum tipo de amizade, mas parece que ambos chegaram em um mesmo carro”, resumiu a distrital.

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