ABRAÇO DE TAMANDUÁ

Este deveria ser o nome do movimento liderado pela OAB do Distrito Federal, com a participação de diversas entidades do setor produtivo, especialmente. Mas o temor dos que a chamam de solução radical e anti-democrática fez com que o “abraço  de Tamanduá” seja contra a intervenção federal. Argumentam agora que um interventor poderia suspender os contratos do GDF, extinguindo 250 mil empregos. Ora, uma eventual intervenção pressupõe, sim, um pente fino nos atuais contratos, o que não quer dizer que devam ser suspensos. Se houver máculas ou irregularidades, trata-se de uma obrigação barrá-los, independentemente dos prejuízos para a cidade ou dos empregos que serão perdidos. O DF, há tempos, segundo as investigações, vem sendo sangrado pela fome insana da corrupção, privilegiando uma casta de brasilienses, que rezam, ou rezaram, pela cartilha de governantes descomprometidos com o todo. Querem violência maior? Querem prejuízo maior para o DF? Quem se posiciona radicalmente contra a intervenção está preocupado com Brasília ou com seus próprios setores e interesses? No momento atual, onde a Câmara Legislativa, segundo o Ministério Público, tem 26 parlamentares suspeitos, entre titulares e suplentes, não há condições de resgatar a moralidade e a lisura.Vamos abraçar o palácio do Buriti!