Relações tortuosas entre governantes, políticos, empresas privadas e públicas transformam o país num grande condomínio, em que os poderosos, que ocupam o poder a cada quatro anos, têm o controle absoluto das contas públicas. Aproveitam-se da condição de donos da chave do cofre para abrir dutos suspeitos por onde escoa o dinheiro público para financiar campanhas ou incrementar patrimônio privado.
Arruda e seu governo é o capítulo atual e mais escancarado de uma infeliz saga que pontua a história de Brasília, do Brasil e de outros países, principalmente, da América Latina. A permissividade com o dinheiro público acaba permeando toda a máquina, do tubarão ao bagrinho. O cargo público ou o mandato se transformam numa permanente troca de favores ilícitos, quando ninguém vê impedimento ético tanto em pedir uma passagem de graça ao fornecedor, quanto compensações milionárias a empreiteiras e empresários.
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