O maior desafio do ex-senador Joaquim Roriz (agora PSC) será transmitir sua mensagem de candidato no curto espaço de tempo de 1 minuto. Este desafio foi superado pelo médico e candidato a presidente da República pelo Prona, Enéias Carneiro em 1989 com o bordão “Meu nome é ´Enéééééias”. Como Roriz é monossilábico e cheio de lugares comuns, será um martírio vê-lo pedindo voto na telinha. Caso se encontre uma solução — sempre há —, o mais provável será Roriz se postar como vítima de um processo. Ele fez isso na disputa com Cristovam Buarque e levou a melhor. É razoável que ele parta por este caminho. Ao deixar o PMDB, Roriz imaginou contar apenas com sua popularidade junto às classes C e D. Só que, na ausência de palanque eletrônico, por mais popular que seja o candidato, se ele não tiver em boa forma física, disposição para ouvir e falar às massas, isto pode ser interpretado pelas pessoas mais simples como menosprezo. “Roriz é mais esperto do que pulga de hotel. Ninguém sabe e conhece o eleitor quanto ele”, disse um rorizista. Pode até ser, mas esta campanha política vai ser disputada mais com idéias do que com popularidade. Até prova em contrário, o discurso do ex-senador, até agora, está centrando só “na proteção dos mais humildes”. Não se ouviu um mínimo de sinal em que o governo Arruda está acertando e que está errando. As críticas, por enquanto são apenas genéricas, superficiais, sem ir à fundo na raiz do problema ou em alguma proposta de solução. Tanto Roriz como o PT, só para ficar nos dois adversários do DEM com maior potencial ofensivo, se limitou a retóricas sobre a saúde — bandeira petista —, e desempregados do ICS do lado de Roriz. Uma eleição não se ganha só com estes argumentos. Necessita mais do que retórica. Precisa ´matar a cobra e mostrar o pau´, como se diz no interior de Goiás.
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