terça-feira, 2 de março de 2010

A MALDIÇÃO DO SENADO


Desde que Brasília passou a eleger democraticamente seus representantes no Senado Federal em 1986, a cidade passa por uma espécie de ''maldição'', muitos Senadores não conseguiram terminar seus mandatos, por corrupção, renúncia ou óbito. em 1986 Brasília elegeu Maurício Corrêa, o radialista Meira Filho e Pompeu de Sousa até aí tudo bem pois todos cumpriram seus mandatos com dignidade. Em 1990 elegeu-se Walmir Campelo, pelo antigo PFL, disputou cargo de governador em 1994 perdendo para Cristovam Buarque, retorna a sua atividade parlamentar até 1997, quando foi indicado pelo Senado ao cargo de ministro do Tribunal de Contas da União. Sua renúncia ao Senado efetivou seu 1o suplente, o publicitário Leonel Paiva. Já em 1994 elegeram-se Lauro Campos e José Roberto Arruda, o primeiro cumpriu todo o mandato, saiu do PT, partido pelo qual se elegeu brigado. O estopim foi a declaração do então presidente de honra do partido, Luiz Inácio Lula da Silva, de que o ex-governador Cristovam Buarque seria o ‘‘melhor candidato’’ petista ao Senado em 2002. Campos avaliou o posicionamento de Lula como uma intervenção. ‘‘O que o Lula veio fazer aqui foi me expulsar. Eu me considero expulso. Quem está expulso, não discute’’, disse na época.
Ele queria concorrer à reeleição, mas tinha Cristovam como adversário dentro do partido. Criou-se um racha interno. O advogado Ulisses Riedel de Resende assumiu a vaga de Lauro Campos no Senado por 17 dias. José Roberto Arruda, no ano de 2001, ainda exercendo o mandato de Senador e ocupando a liderança do governo no Senado, envolveu-se, juntamente com o então Senador Antônio Carlos Magalhães, na violação do painel eletrônico do Senado Federal, utilizado na votação que cassou o mandato do ex-senador Luís Estêvão. No início negou a acusação com um incisivo discurso na tribuna no Senado, mas dias depois voltou atras e renúnciou. 1998, Brasília elege Luis Estevão, o único senador a ter o mandato cassado pelo Senado, acusado de envolvimento no desvio de R$ 169 milhões nas obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. A cassação ocorreu no dia 28 de junho de 2000, foram 52 votos a favor pela perda do mandato e 18 contra. Perdeu os direitos políticos até 2014. Assumindo em seu lugar Valmir Amaral, empresário do ramo de transportes. Na quinta eleição, já em 2002, são eleitos Cristovam Buarque e Paulo Octávio, Buarque tem tido um mandato de oposição ao presidente Lula e ao combate a corrupção e principal defensor da educação tão esquecida no país, PO como é conhecido, renúnciou em 2006 para disputar a eleição como vice-governador na chapa de Arruda, vindo a se eleger e posteriormente a renúnciar ao mandato com o esquema do mensalão do DEM. E por último em 2006 é eleito Joaquim Roriz, ficando no cargo por apenas 154 dias, Roriz foi acusado de quebra de decoro após a divulgação de conversas telefônicas que o mostraram negociando a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura. Em seu lugar assume Gim Argello, o homem de 1 bilhão de reais, acusado de diversas irregularidade de quando era presidente da Câmara Legislativa. 2010 já chegou, vamos pensar bem antes de votar e dá um basta na maldição do Senado no Distrito Federal.

Um comentário:

carla oliviera disse...

Belissimo trabalho, levantamento, sobre as eleições de brasília , sobretudo no Senado, parabéns...