domingo, 12 de fevereiro de 2012

MEMÓRIAS DO MENSALÃO I

Há exatos dois anos, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda era preso por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A detenção da autoridade maior da capital federal - esta foi a primeira vez que um governador foi preso no Brasil - era apenas o estopim para uma crise no governo local que duraria até o fim de 2010. Durante dez meses, Brasília viveu sob o fantasma da intervenção federal, teve três governadores e, até hoje, sua política sofre com os reflexos daquela que foi a maior crise já vivida pela capital.

O escândalo começou em 26 de novembro de 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, incluindo a residência oficial do governador do DF. O inquérito contém a transcrição de um vídeo em que Arruda e um assessor conversam sobre o repasse de verbas para aliados.

O vídeo foi feito pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Governo do DF Durval Barbosa, que aceitou colaborar com as investigações em troca de penas abrandadas nos 37 processos aos quais responde na Justiça. No inquérito aparecem, ainda, o ex-vice-governador Paulo Octávio, secretários de governo e 10 dos 24 deputados distritais do DF. Desses, três também aparecem em vídeos gravados por Barbosa: Eurides Brito, colocando maços de dinheiro na bolsa; Leonardo Prudente, pondo o dinheiro nas meias; e Júnior Brunelli, o "deputado da oração", pois, na gravação, ele agradece a Deus pelo dinheiro recebido.

Um comentário:

Esteve disse...

Parece que agora esta claro que o PT se uniu aos bandidos do roriz para derrubar arruda