BRASÍLIA 247:
Recuperado de um problema renal, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) volta aos palanques em 2014. Diante do atual cenário político, Roriz se considera um forte concorrente ao governo na próxima eleição. Mais saudável e revigorado após driblar os problemas nos rins com diálises, Roriz terá, porém, que enfrentar outro obstáculo. Para poder seguir com o projeto, o ex-governador precisa de uma decisão favorável, na próxima semana, no julgamento da Lei da Ficha Limpa, que pode enquadrá-lo como inelegível por oito anos.
Lançado ao governo do Distrito Federal, Roriz almoçou nesta quinta-feira (9) com quatro assessores, dois empresários, a mulher dele, dona Weslian, e as duas filhas deputadas federal, Jaqueline (PMN) e distrital, Liliane (PSD), numa galeteria do Setor de Clubes Sul. Alimentando-se bem, falou sobre as denúncias levantadas na gestão do petista Agnelo Queiroz e considerou o momento “muito positivo” para a oposição. Com o apoio da família, mostrou-se disposto a iniciar uma jornada atrás de parceiros e eleitores. Quer freqüentar feiras e cidades atrás de votos.
Na primeira aparição pública após a cirurgia de coluna, que fez em outubro do ano passado, o ex-governador fez questão de mostrar a aqueles que acreditam que a saúde o tiraria da política que está forte para retomar aos palanques. Nos próximos dias, pretende voltar a discutir as questões partidárias e garantir a permanência no Partido Social Cristão. Depois, quer iniciar uma “nova caminhada” a fim de angariar forças para tentar assumir pela terceira vez o Palácio do Buriti.
Na próxima semana, o presidente Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, pretende colocar na pauta o julgamento do processo sobre a validade da Lei da Ficha Limpa. Ele anunciou na terça-feira (7), ao deixar uma reunião administrativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no início da noite, que o processo pode entrar na pauta na semana que vem, antes mesmo do feriado de Carnaval. Roriz pode ficar inelegível por oito anos por ter renunciado ao mandato de senador.
Filha do ex-governador, Liliane espera que o anúncio das intenções do pai ao começar uma campanha ao governo não comprometa a decisão dos ministros do Supremo no julgamento da lei. “O Supremo não vai julgar um caso; os ministros precisam ser parciais e não podem mudar uma decisão para prejudicar um caso”, diz. “Ele (Roriz) é uma opção para a cidade e isso está nas pesquisas, nas ruas.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário