O ex-deputado Laerte Bessa (PSC) não tem interesse em assumir a vaga da deputada Jaqueline Roriz (PMN), caso seja cassada. Cerca de 90% dos parlamentares da Câmara Federal acreditam que esse seja o desfecho do caso. O delegado da Polícia Civil é o primeiro suplente da coligação, mas disse ao que não pretende voltar para a Câmara Federal porque perdeu a eleição. “Acabei de me aposentar e vou trabalhar como advogado, o que é melhor para mim.” O segundo suplente da coligação é o ex-senador Ademir Santana, do DEM, que prefere não comentar nada sobre a possibilidade de vir ocupar a cadeira de Jaqueline Roriz antes de o caso ser julgado pela corregedoria da Casa.
Ademir está na lista dos democratas com um pé no PSD. O ex-senador não admite nem nega que vá para o partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, mas esteve no lançamento da legenda em Brasília na semana passada. Nos bastidores, a avaliação de Ademir Santana é que o Democratas se fragilizou muito em todo o País e, principalmente, no DF com o episódio do mensalão do DEM, desbaratado pela investigação da Polícia Federal conhecida como Caixa de Pandora. Ele avalia que o crescimento do PSD em todo o país — patrocinado inclusive pelo apoio da senadora Katia Abreu (DEM) — deve atrair muitos democratas do DF. Até agora, o PSD cooptou 11 deputados do DEM e 6 do PP.
Na opinião do ex-deputado e coronel Alberto Fraga, a principal motivação dos políticos que estão indo para o PSD é o interesse em aderir ao governo federal. “Quem quer ser oposição fica no DEM, quem está atrás das tetas do governo vai para o PSD.” Na opinião do coronel, Ademir Santana tem uma parcela de responsabilidade em relação à situação da legenda no DF. “Ele não fez nada e o DEM acabou perdendo muito espaço.” Alberto Fraga quer o comando do DEM do DF e só não assumiu o partido porque o presidente nacional da legenda, senador José Agripino Maia, pediu um tempo para resolver questões pendentes.
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