domingo, 3 de abril de 2011

EXPLICAÇÕES?

O pedido de demissão do secretário de Desenvolvimento Econômico, José Moacir de Sousa, está sendo imputado à deputada Celina Leão (PMN), mas obviamente que não houve nenhuma interferência da deputada. Há muito mais coisa por trás da primeira defecção do governo Agnelo Queiroz, como há também muita especulação sem sentido. Nos bastidores, o que se comenta é que José Moacir não aguentou a pressão do Programa de Promoção do Desenvolvimento Econômico (Pro-DF), que cede área para pequenos empresários construírem empresas e gerar empregos. O programa sempre foi polêmico e vem provocando escândalos desde que foi criado, no governo de José Roberto Arruda. Na época, o programa era comandado pelo grupo do ex-vice-governador Paulo Octávio (ex-DEM) e visto como moeda de troca. Paulo Octávio teria doado um terreno e prometido construir o prédio a um dono de jornal do DF para que ele passasse a apoiar o governo.

Agnelo Queiroz mantém ligações com empresários e o vice-governador, Tadeu Filippelli (PMDB), estaria nas mãos deles. O que se especula neste momento, é que os empresários estariam cobrando a fatura da eleição. O deputado distrital Chico Vigilante (PT), que indicou José Moacir, diz que ele entrou justamente para moralizar o ProDF. “Eles se apropriaram do programa e fizeram todo tipo de maracutaia.” As primeiras investigações de José Moacir apontaram diversas fraudes, que já foram encaminhadas à corregedoria e Secretaria da Transparência do GDF e ao Ministério Público. Ao mexer nesse vespeiro, José Moacir acabou saindo ferroado. Já circulam denúncias de que seu grupo empresarial Maranata opera de forma irregular e questionam o fato de ele ter dado dinheiro para a campanha de Celina Leão (PMN), desafeta de Chico Vigilante. O deputado diz que as motivações para o pedido de demissão foram a burocracia do Estado e o receio de que sua família fosse atingida pelos prejudicados pela sua ação.

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