O governo de Marconi Perillo terá um projeto específico para o desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal e agirá em consonância com o governo de Agnelo Queiroz (PT), que até já criou uma secretaria para lidar com os problemas da região, que afetam diretamente Brasília, inclusive sua infraestrutura de saúde e educação.
Agnelo obedece a uma questão local, pois o Entorno não é um problema tão-somente de Goiás — e os problemas da região decorrem, em certa medida, da proximidade da capital da República —, mas também a interesses políticos. O PT avalia que, se não conquistar o Entorno, se não ampliar sua força política local, não terá a mínima chance de enfrentar Marconi Perillo em 2012. “No entorno não tem eleitores, tem marconistas”, brinca um auxiliar de Agnelo. Brincadeira com fundo de verdade. Em 2010, o Entorno desequilibrou a eleição em prol do tucano.
Com o objetivo de desenvolver a região, e também de manter sua posição política privilegiada, Marconi indicou vários políticos e técnicos locais para compor sua equipe. Gastão Leite, o secretário do Entorno, tem uma missão: tornar o governo mais presente em todos os municípios. Não é uma missão pequena, mas precisa ter apoio efetivo.
Prefeitos do Entorno do DF temem que Gastão Leite zele mais pelos interesses de Luziânia, sua cidade, do que por toda a região. No seu discurso, o secretário tem dito exatamente o oposto: quer trabalhar, em tempo integral, para corrigir os desequilíbrios regionais e entre municípios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário