A nomeação de mais uma tucana para o governo do Distrito Federal provocou uma nova crise no PSDB. Sandra Faraj Cavalcante foi indicada para o cargo de subsecretária de Articulação Política da Secretaria de Entorno, pasta sob o comando do PR. A indicação de Sandra, que é pastora e disputou a eleição para deputada distrital na eleição passada, ficando na terceira suplência do partido, mostra a força do vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) no governo petista.
O partido, segundo o presidente da legenda, Márcio Machado, vai fazer oposição ao governador. “E quem tiver cargo no governo vai ter que se desfiliar do partido ou será expulso.” Josefina Tolentino já pediu seu desligamento da legenda. A decisão, segundo o presidente da sigla, foi unânime e ele acredita que a medida não vai dividir o partido. Apesar de a decisão do PSDB desidratar ainda mais a legenda, ela aponta para o projeto tucano para 2014, que é disputar o governo no âmbito nacional e regional. Seria muito estranho a aliança entre os dois partido que pretendem se enfrentar na próxima eleição.
Sandra também tem vínculos com o presidente do PR do DF, o deputado federal Izalci Lucas, que já fez oposição a Agnelo Queiroz, mas que hoje está com o pé dentro do governo. Mas caso não seja atendido em suas demandas por cargo, ameaça rever esse apoio ao governador. A presidente do PSDB Mulher, Josefina Tolentino, já havia sido nomeada gerente de Esporte, Lazer, Cultura e Educação, da Administração Regional do Jardim Botânico, comandada pelo ex-distrital César Lacerda, que trocou o PSDB pelo PMDB.
O desembarque de tucanos no governo petista não tem o aval da direção nacional do partido. Todavia, o presidente nacional da legenda, Sérgio Guerra, decidiu não intervir na decisão do PSDB regional, que se reuniu na quinta-feira, 3, para definir o posicionamento em relação ao governo de Agnelo Queiroz.
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