quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

DISTRITAIS ADOTADOS

Apartir de hoje os eleitores poderão adotar um deputado distrital. É, mas não se trata de custear os já bem pagos representantes do povo, regiamente pagos pelos eleitores por meio dos impostos. Trata-se, isto sim, de acompanhar de perto o que andam fazendo – os projetos apresentados,se comparecem à sessão e como se comportam diante de temas polêmicos.

A iniciativa partiu do Comitê Ficha Limpa-DF, que irá mediar a relação. O intuito é estimular a participação da sociedade no processo político, fornecendo ferramentas para que os deputados sejam cobrados.A página na internet www. adoteumdistrital. com. br estará, a partir de hoje à noite, com as primeiras informações sobre como o eleitor poderá acompanhar se seu deputado faz jus ao voto recebido.

Funcionará basicamente assim: o cidadão se inscreve, fornecendo alguns dados básicos e criando um cadastro. Depois, terá a missão de fornecer informações sobre a atuação do distrital. Um deputado poderá ser adotado por mais de uma pessoa e o acompanhamento poderá ser feito in loco, via internet ou pelos noticiários. Para garantir isenção ao processo, o "pai" ou "mãe" adotivos não poderão escolher "a criança", ou seja, não vão poder optar por um deputado ou partido específico. "O site não é lugar de fofoca ou acusações. O papel da pessoa que está adotando é informar", destaca o diretor do projeto, Diego Ramalho.

Para o presidente da Câmara, deputado Patrício (PT), a inciativa é benéfica. "Quanto mais mecanismos houver para tornar o processo político transparente, melhor para todos", afirmou, sugerindo ainda que ela seja aplicada a todos os gestores públicos. "A
política é um processo diário,cotidiano. Mas a maioria da população só presta atenção na época da eleição. Com o projeto, o acompanhamento passa a ser maior", destacou.

O distrital Rôney Nemer (PMDB) também aprovou: "Eu acho legal, desde que seja feito com isenção", avaliou. O parlamentar afirma que a nova ferramenta vai oferecer mais transparência para os trabalhos do Legislativo. Citado na Operação Caixa de Pandora, mas sem nenhum indiciamento, Rôney acredita que a divulgação das atividades pode mostrar para a população sua atuação parlamentar.

"É o Big Brother da Câmara", comparou. Eliana Pedrosa (DEM) viu na iniciativa a possibilidade de o Legislativo resgatar a imagem. "É o controle social efetivo. E ele é bom porque, às vezes, um erro pontual acaba recaindo sobre todos", observou, acrescentando ainda que as redes sociais possuem grande alcance junto à população. Os novatos Celina Leão (PMN) e Olair Francisco (PTdoB) também se mostraram favoráveis. "Quero ser adotado", se adiantou o deputado, que garantiu dar prestações de contas mensais de suas atividades na internet. "Essas ferramentas não podem ser descartadas", acrescentou Celina

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