Depois de movimentos de prefeitos do PSDB de Minas Gerais defenderem o voto em Dilma Rousseff nas eleições de outubro, é a vez de os tucanos brasilienses ensaiarem uma debandada rumo ao PT. Para isso, eles nem cogitam trocar de partido, apenas declarar apoio ao governo do petista Agnelo Queiroz. Logo quando o PSDB começa um movimento de reestruturação da legenda nos estados de olho nas eleições de 2012 e 2014.
A aliança, claro, não sairia de graça. Em troca do apoio na Câmara Legislativa do DF, onde apenas um distrital foi eleito pela sigla, o PSDB sonha em ocupar papel de destaque no Palácio do Buriti, sede do governo local. O mesmo partido foi aliado de José Roberto Arruda, ex-governador do DF que deixou o cargo depois de ser preso, acusado de tentar subornar testemunhas durante a Operação Caixa de Pandora, que desbaratou um esquema de corrupção e derrubou toda a cúpula do governo e deputados da base aliada, no episódio que ficou conhecido como mensalão do DEM. A cúpula nacional do PSDB não gostou nada da notícia e promete barrar o vôo tucano antes do bater das asas.
Cargos no governo são os grandes atrativos
Membros do PT e do PSDB do DF confirmam que o diálogo entre as duas siglas caminha para o apoio tucano ao governo petista. A ideia seria levar o único distrital eleito pela legenda, Washington Mesquita, para o Executivo, permitindo que outro tucano tome posse no Legislativo. Questionado sobre seu posicionamento, o presidente regional da sigla, Márcio Machado, prefere deixar que a Executiva decida a questão. Na próxima segunda-feira, ele e Mesquita se reúnem com membros da cúpula nacional – entre os quais, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), primeira vice-presidente do partido, que descarta de antemão qualquer possibilidade de acordo.
Cargos no governo são os grandes atrativos
Membros do PT e do PSDB do DF confirmam que o diálogo entre as duas siglas caminha para o apoio tucano ao governo petista. A ideia seria levar o único distrital eleito pela legenda, Washington Mesquita, para o Executivo, permitindo que outro tucano tome posse no Legislativo. Questionado sobre seu posicionamento, o presidente regional da sigla, Márcio Machado, prefere deixar que a Executiva decida a questão. Na próxima segunda-feira, ele e Mesquita se reúnem com membros da cúpula nacional – entre os quais, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), primeira vice-presidente do partido, que descarta de antemão qualquer possibilidade de acordo.
– Acredito que isso não é real, mas se tiver alguma conversa nesse sentido é hora de a gente recuar – adianta. A senadora já conversou com o presidente da sigla, Sérgio Guerra (PE), que também não vê maneira de a inusitada aliança se concretizar. O líder do partido no Senado, Alvaro Dias (PR), lembra que o PSDB está se preparando para avaliar sua situação em todos os estados, “exatamente porque temos que nos reestruturar para os próximos pleitos”.
– Democracia exige respeito à decisão eleitoral. O PSDB foi eleito para fazer oposição – avalia. – Não creio que a direção nacional dê aval para que isso ocorra. O presidente do PSDB brasiliense, Márcio Machado, também defende o papel da oposição, mas, “diante dos fatos”, pondera: é preciso debater a questão. – Existe um projeto do PSDB que não coincide com o PT. Esta é a maior dificuldade – despista, no entanto, sem se mostrar contrário à ideia.
Fórmula antiga
Para o cientista político da UnB Otaciano Nogueira, não seria de se estranhar se a aliança entre PT e PSDB prosperasse. – Hoje são 78 os partidos registrados no país – filosofa. – O que distingue um do outro? Nada. Se não tem outro meio de lidar com a oposição, há oferta de vantagem, faz um troca-troca. O panorama está mudando sempre: menos pelo partido, mais pelos homens.
Fórmula antiga
Para o cientista político da UnB Otaciano Nogueira, não seria de se estranhar se a aliança entre PT e PSDB prosperasse. – Hoje são 78 os partidos registrados no país – filosofa. – O que distingue um do outro? Nada. Se não tem outro meio de lidar com a oposição, há oferta de vantagem, faz um troca-troca. O panorama está mudando sempre: menos pelo partido, mais pelos homens.
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