As administrações regionais são conhecidas por servirem de cabide de emprego para afilhados políticos de governantes e parlamentares da cidade. As exonerações de 18,5 mil comissionados promovidas pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), nos primeiros dias de sua gestão, mostraram o inchaço nas estruturas regionais. O número de funcionários não concursados era maior que os de carreira e, em algumas localidades, o de pessoas era incompatível com a estrutura física. O Correio ouviu 10 administradores para montar um diagnóstico de cada unidade. Segundo os gestores, há suspeitas de diversas irregularidades, como de funcionários fantasmas nas estruturas anteriores.
Na Administração do Gama, existiam 417 pessoas lotadas. Segundo o administrador, Adauto Rodrigues, não havia a possibilidade de todos aparecerem no local. “Aqui estava muito lotado. Se todos viessem na mesma hora, não caberiam no prédio e não haveria cadeiras, mesas e computadores suficientes”, assegura. Assim com os demais administradores regionais, Rodrigues está fazendo um levantamento das necessidades para apresentar à Secretaria de Governo na próxima semana. Segundo ele, o objetivo é reduzir a estrutura, valorizar as pessoas do quadro e nomear outras com o perfil técnico.
Rodrigues acredita que a cultura administrativa anterior foi prejudicial para os servidores do quadro. Isso explicaria por que muitos resolveram tirar férias no primeiro mês da atual gestão. “O deterioramento do sistema fez com que muitos se desmotivassem”, explica. O problema pode ser verificado no Riacho Fundo I. Lá existem 20 servidores, mas a metade só volta ao trabalho no próximo mês. O administrador, Arthur Nogueira, diz que tem contado com o esforço dos que ficaram para atender todas as demandas. “Eles estão trabalhando até aos sábados”, diz.
Na cidade havia 137 comissionados, ou seja, o número de funcionários sem vínculo era 585% maior do que o de concursados. Segundo Nogueira, será preciso de menos da metade da formação anterior para manter os trabalhos em funcionamento. Em Sobradinho I, a quantidade de nomeados pela gestão anterior também era superior ao necessário e despertava suspeita. Segundo a administradora, Maria América Menezes, em um espaço de 65 metros quadrados, dividido em três salas, havia 51 comissionados lotados. “Eu não sei como isso era possível. Com certeza havia excesso”, comenta.
Na cidade havia 137 comissionados, ou seja, o número de funcionários sem vínculo era 585% maior do que o de concursados. Segundo Nogueira, será preciso de menos da metade da formação anterior para manter os trabalhos em funcionamento. Em Sobradinho I, a quantidade de nomeados pela gestão anterior também era superior ao necessário e despertava suspeita. Segundo a administradora, Maria América Menezes, em um espaço de 65 metros quadrados, dividido em três salas, havia 51 comissionados lotados. “Eu não sei como isso era possível. Com certeza havia excesso”, comenta.
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