Estou cada vez mais apavorado com a idéia de ficarmos engessados pelos engarrafamentos, que só crescem. E pior agora, segundo a PM, sem grandes causas. “Foi a chuva do início da manhã”, justifica um atendente da central de operações. “É o excesso de carros”, arremata ele.
Justificativas à parte, não é normal ( ou não deveria ser) se gastar, em uma terça-feira, uma hora, do Guará 1 ao Setor de Rádio e TV Sul – distância em torno dos 15 quilômetros.
E as soluções? Bem, fica até chato repeti-las, mas enquanto o governo não se empenhar em garantir o direito de ir e vir das pessoas, via transportes de massa, com qualidade e pontualidade, vamos continuar abraçados à solidão interna dos veículos e aos planos “Bs” e até “Cs” dos nossos trajetos.
Claro, é necessária também uma mudança na nossa postura, buscar o transporte solidário, reunir vizinhos que têm destinos semelhantes, promover rodízios.
Claro, é necessária também uma mudança na nossa postura, buscar o transporte solidário, reunir vizinhos que têm destinos semelhantes, promover rodízios.
Da mesma forma, é premente ao governo abandonar a insana política de abrir ou alargar vias, estimulando o adensamentos das suas margens. Com isso, o prazo de validade destas obras tem ficado cada vez mais curto. Além, é claro, de riscar do mapa obras meia-boca, como a nova EPTG, onde faltam as ciclovias e os corredores exclusivos para ônibus. E onde a felicidade do motorista acaba antes da Octogonal.
Na região de Sobradinho, o GDF construiu os famosos viadutos monumentais, a príncipio até resolveu o problema de engarrafamentos, passado cerca de cinco anos e o que se vê, novamente quilômetros de congestionamentos.
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